Transtorno de ansiedade: O mal do século
Entre janeiro e setembro de 2018, o INSS concedeu 12% mais licenças para tratamento mental do que em 2017
A palavra “ansiedade” tem origem no latim anxietas, que significa angústia. A primeira colocação do problema no âmbito dos males mentais foi feita pelo médico neurologista criador da psicanálise, Sigmund Freud. Em 1894, Freud associou essa e outras reações físicas ao que chamou de “neurose da angústia”. Levaria mais de setenta anos para que o psicólogo australiano Aubrey Lewis descrevesse na literatura médica o “estado emocional com um componente subjetivo de medo”. O transtorno de ansiedade existe quando o indivíduo se prepara para reagir ao risco mesmo quando não há um risco claro — e essa reação se transforma em seu comportamento-padrão, e não eventual.
O Brasil carrega o inglório título de campeão mundial do transtorno de ansiedade: segundo a OMS, quase 10% da população convive com a doença, bem acima do Paraguai, o segundo colocado, com 7,6%. No mundo todo,o diagnóstico se aplica a 264 milhões de pessoas.
Além de medicação e psicoterapia, há métodos naturais que podem ser eficientes na prevenção de crises de ansiedade, e a meditação, essa prática tão menosprezada, é um deles. Pesquisa da escola de medicina da Universidade Harvard revela que meditar diminui sintomas como dor e insônia.