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Os Três Poderes: Um basta aos radicais

Os colunistas de VEJA Ricardo Rangel, Dora Kramer e Ricardo Noblat comentam a prisão do deputado Daniel Silveira

Por Da Redação Atualizado em 19 fev 2021, 14h11 - Publicado em 19 fev 2021, 14h10

Com 1,90 metro de músculos e um arsenal de palavrões de fazer inveja a frequentadores de arquibancadas, o deputado federal Daniel Silveira se sente mais à vontade em meio a gritos e intimidações, armas das quais ele lança mão frequentemente, do que com a troca de ideias. No fim de 2019, por exemplo, ao ser questionado sobre o ato em que rasgou a placa que levava o nome da ex-vereadora Marielle Franco, ele jogou o telefone celular de um jornalista no chão e esbravejou: “Te bati, vai lá no STF e me processa, otário”, antes de voltar ao plenário da Câmara e regozijar-se da agressão em conversa com policiais legislativos. Em 19 de abril de 2020, Silveira era um dos mais inflamados na plateia do evento em que Jair Bolsonaro celebrou o Dia do Exército participando de uma manifestação a favor da intervenção militar. Ao término do encontro, o deputado postou um vídeo nas redes sociais: “Vocês não fazem ideia do poder que o povo tem. Se o povo sair às ruas de fato, e resolver cercar o STF, resolver cercar o Parlamento… invadir mesmo, tô falando pra invadir, não tô falando pra botar faixinha não. Tô falando pra cercar, invadir mesmo. Tô falando pra cercar lá e retirar na base da porrada”.

Naquele dia, à noite, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão de Silveira, horas após ele publicar um vídeo em que, ao longo de mais de vinte minutos, fazia apologia ao AI-5, xingava os ministros do STF e defendia o fechamento da Corte. Se o seu objetivo era visibilidade, ele conseguiu. Assim que a gravação foi ao ar, os ministros do STF iniciaram uma deliberação sobre a melhor estratégia para rebater os ataques. Definiu-se que a resposta à altura só poderia ser dada no campo do jogo judicial. Moraes expediu a ordem de prisão em flagrante (no caso, por incitação à violência, desrespeito à Constituição e ataque à democracia), uma das pouquíssimas hipóteses em que a imunidade parlamentar não protege um político. Em seguida, comunicou a decisão ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que estava em Maceió.

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