Não é uma ‘gripezinha’: O sofrimento das vítimas brasileiras da Covid-19
As estatísticas frias não mostram o sofrimento dos atingidos pela 'gripezinha', e fica cada vez mais claro que o vírus não tira a vida só dos mais velhos
Cemitérios como o da Vila Formosa, em São Paulo, passaram a registrar diariamente cerca de trinta enterros por suspeita do vírus. Nos últimos dias, o país quase atingiu a marca de 350 mortes, o que nos coloca entre as quinze nações mais afetadas. A Covid-19 tem se mostrado uma ameaça até para pessoas fora dos chamados grupos de risco. Na China, onde as informações oficiais garantem que o pior já ficou para trás, 18% dos mortos tinham entre 20 e 59 anos. Até o momento, o índice no Brasil é de 11%, mas é possível que essa proporção cresça nas próximas semanas, pois há um sério problema por aqui de subnotificação e só agora médicos começam a compreender melhor as características do vírus.