Autopublicação: Sucesso feito em casa
No Brasil, uma nova geração de autores começa a desbravar possibilidades, sobretudo através da Amazon
Simples e gratuitas, ferramentas de autopublicação libertam o autor do domínio (e da recusa) das editoras – e abrem uma fonte de renda apetitosa a veteranos e iniciantes. Ser recusado por uma grande editora tornou-se um clichê da biografia de escritores. De Jane Austen a J.K. Rowling – para ficar só na literatura inglesa –, autores clássicos e bestsellers enfrentaram a rejeição.
A revolução de fato começou em 2007, quando o gigante Amazon lançou o Kindle, leitor digital que provou a viabilidade do e-book. Em seguida, veio uma ferramenta para servir aos autores: o Kindle Direct Publishing (KDP), que permite a autopublicação gratuita. Foi no KDP que Andy Weir começou a vender, a 99 centavos de dólar, Perdido em Marte — que ganharia uma adaptação cinematográfica que rendeu 630 milhões de dólares na bilheteria.