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Vício em smartphone não existe, diz pesquisador

De acordo com novo diagnóstico, é a interação social que causa dependência. E nos smartphones está disponível de forma ilimitada

Por André Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 fev 2018, 12h05
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  • Há um novo veredito no mundo da tecnologia. De acordo com Samuel Veissière, pesquisador da Universidade McGill, no Canadá, e especialista em antropologia cognitiva, as telas não criam um vício em tecnologia, mas sim em contato social.

    Para ele, estar conectado com outros seres humanos é um desejo evolutivo. Foi necessário que essa característica prevalecesse para que a espécie continuasse a sobreviver.

    Assim, ele revisou dezenas de estudos a respeito do vício em smartphones e concluiu que a ‘nomofobia’ — termo que descreve a dependência destes aparelhos — é criada através dos aspectos sociais dos aparelhos. Logo, os celulares funcionam como uma adaptação das necessidades primitivas e a tecnologia é apenas o aspecto secundário. “Gostamos de nos comparar, de saber dos outros, de competir”, disse. “O problema dos smartphones é que a tecnologia dá acesso excessivo a algo que desejamos muito”, completa.

    Em seu artigo publicado no último dia 20 na revista científica Frontiers in Psychology, ele afirma que a disponibilidade constante é um problema geral da vida humana, não somente em redes sociais. “No mundo pós-industrial onde os alimentos são abundantes e estão sempre disponíveis, nossos desejos por gordura e açúcar, que surgiram durante a nossa longa evolução, podem ficar facilmente sobrecarregados e levar a obesidade, diabetes e doenças cardíacas”, explica.  “As necessidades e recompensas das relações sociais podem ser igualmente comparadas em um ambiente onde precisamos construir um perfil virtual para continuar interagindo”, afirmou. E o vício, claro, é o resultado.

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    Mas há controvérsias. De acordo co um estudo realizado na Universidade de Seul, na Coreia do Sul, divulgado em dezembro de 2017, a dependência de smartphones pode ser, sim, considerada um vício. Passar horas em frente a tela produz alterações químicas no cérebro, com reações e síndrome de abstinência semelhantes ao que acontece com dependentes de drogas. E não somente isso. Alista de efeitos negativos dos celulares só aumenta: metade dos adolescentes americanos são considerados adictos  e o uso do Facebook já se mostrou a causa de transtornos de ansiedade em alguns casos.

    Por isso, até mesmo investidores da Apple se mostraram preocupados e pediram para a empresa fazer algo a respeito.

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