A Uber informou nesta segunda-feira que vai suspender as operações em Marrocos, dois anos após ter começado a atuar no país. A suspensão será válida até a empresa estar pronta para atuar em conformidade com as leis locais.
A empresa já interrompeu serviços na Noruega e na Finlândia, enquanto espera que o quadro regulamentar mude nesses países, sinal da abordagem mais sutil que vem dando para as autoridades locais.
O aplicativo de transportes enfrentou proibições, restrições e protestos em todo o mundo por concorrer diretamente com os serviços convencionais de táxi. Mas o novo chefe-executivo, Dara Khosrowshahi, adotou um tom conciliador após uma série de controvérsias que surgiram com o ex-presidente-executivo, Travis Kalanick.
“Desde que lançamos em Marrocos há mais de dois anos, houve uma falta de clareza sobre novas plataformas como Uber e como elas se encaixam no modelo de transporte existente”, disse a Uber em comunicado.
A empresa se comprometeu com os autoridades políticas a encontrar uma solução, mas “apesar do diálogo consistente, ainda temos que ver algum progresso construtivo nos regulamentos e podemos dizer com segurança que esgotamos todas as medidas”.
A Uber vai parar seus serviços em Casablanca na sexta-feira e disse que retomará os serviços assim que novas regras entrarem em vigor. O aplicativo conta com 19 mil condutores regulares no Marrocos e 300 motoristas, que receberão apoio financeiro nas próximas duas semanas.
“Estamos empenhados em apoiar as centenas de motoristas que se beneficiaram das oportunidades econômicas de usar o aplicativo. Trabalharemos de perto com esta transição difícil”.