Sem citar Egito e Tunísia, Twitter defende liberdade no site

Biz Stone, cofundador do microblog, diz que os ‘tweets devem fluir livremente’

Por Da Redação
29 jan 2011, 14h02

"Nós nem sempre concordamos com as coisas que as pessoas tuítam, mas mantemos a liberdade do usuário", explica o cofundador do Twitter, Biz Stone (Reprodução/VEJA/VEJA)

O empreendedor americano Biz Stone, cofundador do Twitter, publicou na noite desta sexta-feira um comunicado no blog oficial da empresa pregando que a liberdade de expressão no microblog seja respeitada na internet. Com o título “os tweets devem fluir livremente” Stone não cita nenhum país, mas fornece respostas claras aos recentes episódios de bloqueio do site no Egito e Tunísia, nações que impediram o uso da rede de mensagens em algum momento nas últimas semanas por conta da criação de protestos contra os governos.

“Nosso objetivo é permitir a conexão de pessoas de qualquer lugar do mundo. Para isso acontecer, a liberdade de expressão é essencial. Alguns tweets podem facilitar mudanças positivas em países que sofrem repressão, nos fazer rir, pensar ou até nos deixar nervosos”, escreveu Stone.

O cofundador do microblog ressaltou a importância da pluralidade e garante que a empresa irá manter, sempre, o fluxo de informações na rede. “Nós nem sempre concordamos com as coisas que as pessoas tuítam, mas mantemos a liberdade do usuário, independentemente de qualquer opinião que possamos ter sobre o conteúdo”, afirma.

Recentemente, redes sociais de grande popularidade como Twitter e Facebook foram alvos de censura por parte dos governos tunisiano e egípcio por se tornarem centralizadores de informação para a criação de manifestações contra chefes de estado. Na Tunísia, o movimento popular que teve contribuição parcial do microblog derrubou no dia 14 o ditador Zine El Abidine Ben Ali. No Egito, parte da população no país pede a deposição do presidente Hosni Mubarak, que está no poder desde 1981. Desde quinta-feira, o governo suspendeu o uso da internet no país. Estima-se que 93% das redes de web no país estejam inacessíveis. Pelo menos 26 pessoas morreram em confrontos com as forças de repressão por todo o país.