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Saiba como apagão cibernético afetou o Brasil

Bancos e uma companhia aérea foram afetadas, mas impacto foi menor do que o observado em outros países

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jul 2024, 17h06 - Publicado em 19 jul 2024, 16h16

Na madrugada desta sexta-feira, 19, um arquivo defeituoso instalado durante a última atualização do sensor Falcon, um programa de cibersegurança da CrowdStrike, causou pane em diversos computadores corporativos baseados em Windows, sistema operacional da Microsoft. Embora o erro tenha causado transtornos em todo o mundo, com registros em cada um dos cinco continentes, no Brasil os efeitos foram menos graves.

No blog da empresa, a CrowdStrike disse que “o problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada” e ainda afirmou que a equipe está “totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”. O comunicado assinado pelo CEO da empresa de cibersegurança, George Kurtz, também esclareceu que não se tratava de um ataque cibernético.

Aeroportos

Os transtornos de maior destaque ao redor do mundo foram vistos nos aeroportos, causando o atraso de centenas de voos, mas, no Brasil, a Azul foi a única que relatou problemas. De acordo com a Força Aérea Brasileira, “o sistema de controle do espaço aéreo brasileiro, incluindo todos os equipamentos e softwares utilizados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), permaneceu operando normalmente durante o período”. A mensagem foi reforçada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que informou que o trafego aéreo no Brasil não foi afetado, senão por um impacto pontual nas operações de check-in de algumas companhias aéreas.

Bancos

As consequências de maior destaque no Brasil foram vistas nos bancos. Canais digitais do Bradesco, por exemplo, foram afetados pela pane, enquanto o canal de atendimento ao cliente do Nubank apresentou lentidão. Clientes do Pan, do Next e do Neon também relataram dificuldades nas redes sociais.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a maioria das instituições financeiras brasileiras já normalizou seus serviços ainda pela manhã. “As demais estão em avançado estado de normalização e trabalhando para garantir o funcionamento de seus serviços rapidamente”, acrescentou, ao informar que “alguns sistemas das instituições financeiras brasileiras chegaram a ser temporariamente afetados em diferentes escalas pela atualização do antivírus CrowdStrike, mas nada que comprometesse a prestação de serviços de forma relevante”. O Banco Central informou que seus sistemas estão operando normalmente.

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Saúde

Em São Paulo, três grandes hospitais foram afetados pelo apagão, mas, de acordo com eles, os serviços de assistência não foram afetados de maneira relevante. No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo alguns equipamentos que utilizam o Windows 10 foram afetados, mas sem prejuízo no atendimento. No Hospital Sírio-Libanês, a coleta de exames foi temporariamente suspensa e uma instabilidade no sistema causou atrasos no atendimento dos pacientes durante a manhã. Já no Hospital Israelita Albert Einstein, a falha foi percebida durante a madrugada, mas, ao longo do dia, nenhum setor foi impactado.

Outros

Empresas de telecomunicações relataram lentidão em alguns sistemas virtuais e a Localiza, empresa de locação de veículos, informou aos usuários sobre a interrupção temporária do atendimento. Em comunicado aos órgãos públicos, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) pediu às entidades que “identifiquem em seus inventários de ativos a existência do CrowdStrike Falcon em seus parques computacionais e monitorem a publicação de atualizações da aplicação”.

O que ocorreu no resto do mundo?

Embora apenas computadores rodando o sistema operacional da Microsoft tenham sido afetados, poupando usuários corporativos da Apple e do Linux, o erro causou panes em empresas de muitos setores. Além do cancelamento de mais de 1.300 voos em todo o mundo, nos Estados Unidos, sistemas da polícia e um canal de TV ficaram fora no ar, na Alemanha, um hospital disse ter cancelado cirurgias não urgentes e, na França, servidores das Olimpíadas 2024 disseram que pelo menos um dos sistemas foi afetado pela falha. Relatos graves e mais disseminados também foram registrados em países como Índia, Reino Unido e Austrália.

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