Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Quase humanos: os robôs vencem o Captcha

Outro avanço notável: um software de inteligência artificial conseguiu superar um dos principais testes criados para diferenciar homens de máquinas

Por Filipe Vilicic, André Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 nov 2017, 06h00 - Publicado em 5 nov 2017, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Estamos continuamente examinando a lista de coisas que as máquinas a princípio não podem fazer e anotando as tarefas agora possíveis para elas. Um dia chegaremos ao fim da lista.” A assertiva, com ares de profecia, tem a grife de ninguém menos do que Tim Berners-Lee, cientista britânico da computação, criador dos principais códigos que originaram a internet comercial, o pai do www. Ele parece cada vez mais correto. No último dia 26, os robôs deram mais um passo na direção do tal “fim da lista”. Cientistas que trabalham para a americana Vicarious, especializada em robótica, divulgaram na revista Science um estudo que apresentou um software de inteligência artificial (IA) capaz de vencer o Captcha, o poderoso sistema anti-hackers, aquele das palavras e imagens. O Captcha é o recurso utilizado, há dezessete anos, para verificar se quem acessa um site qualquer é mesmo uma pessoa, e não um robô. O objetivo é evitar que hackers utilizem bots — programas de computador que simulam ações humanas — para invadir endereços on-line. Diante da inovação divulgada pela Science, agora esse recurso de segurança pode estar com os dias contados. É ainda uma evolução que mostra quanto a IA está cada vez mais perto de “pensar” como nós.

    Publicidade

    Por meio do Captcha, há três formas de separar as máquinas de nós, seres de carne e osso. Na primeira, apresenta-se uma sequência de palavras desconexas, em tamanhos, cores e fontes distintos, e pede­-se que elas sejam digitadas. A  segunda maneira é compilar imagens e perguntar do que se trata — por exemplo, se são placas de rua, animais ou edifícios. Por fim, há ainda uma versão que mostra apenas uma caixa na qual se pergunta “Você é um robô?”. Basta clicar nessa caixa para certificar que se trata de uma pessoa. Como? O software detecta se o padrão de movimento do mouse no momento da ação corresponde à forma como a mão humana se movimenta.

    Publicidade

    Em todos os casos, aposta-se em um ponto fraco das máquinas. Até agora, um mesmo software não conseguia, sozinho, sem o apoio de outros programas, identificar padrões tão generalistas quanto palavras em diferentes idiomas, figuras tão diversas quanto uma girafa e o edifício Empire State, ou ainda reproduzir a forma não ordenada como uma pessoa opera um mouse de computador. Isso tudo ao mesmo tempo. Para se ter ideia, somente para decifrar o Captcha de imagens era necessário abastecer a IA com 2,3 milhões de fotos de referência. Mesmo assim, o programa só conseguia ser efetivo diante de testes tidos como fáceis, como identificar onde está um animal em uma paisagem nítida. Mas raramente acertava quando o contexto era mais complexo — por exemplo, apontar placas de rua em uma fotografia de baixa resolução de uma avenida movimentada.

    A nova tecnologia apresentada pela startup Vicarious imita como o cérebro humano interpreta essas mesmas informações. Assim, venceu dois dos três métodos do Captcha, o das palavras e o das fotos.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Assine agora o site para ler na íntegra esta reportagem e tenha acesso a todas as edições de VEJA:

    Publicidade

    Ou adquira a edição desta semana para iOS e Android.
    Aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.