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Novo dispositivo de fibra óptica estabelece recorde mundial de transmissão

Especialistas esperam que a tecnologia esteja disponível no mercado nos próximos cinco ou dez anos

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 Maio 2023, 18h49

Um cabo de fibra óptica da espessura de um fio de cabelo é capaz de transportar o equivalente a mais de 10 milhões de conexões rápidas de internet. O finíssimo filamento estabeleceu um novo recorde de velocidade, alcançando 1,7 petabits em um comprimento de 67 quilômetros. Com 19 núcleos, o primeiro do mundo com essa característica, o recurso atende aos padrões globais de tamanho de fibra, o que significa que pode ser amplamente adotado, sem a necessidade de  grandes alterações na infraestrutura. Além disso, a tecnologia usa menos processamento digital, reduzindo bastante a potência necessária para cada bit transmitido. 

Pesquisadores da Universidade Macquarie, na Austrália, incrementaram a potência dos cabos com um chip 3D impresso a laser que garante a compatibilidade com equipamentos de transmissão existentes e permite o acesso com baixa perda de velocidade. A tecnologia foi criada a partir de um esforço coletivo e multinacional entre empresas e universidades japonesas, australianas, holandesas e italianas. 

Atualmente, o tráfego de internet global é feito através de cabos de fibras ópticas. Essas fibras conectam continentes, centros de dados, torres de telefonia móvel, estações de satélite, além, é claro, de casas e empresas. Em 1988, quando o primeiro cabo desse tipo começou a operar no Atlântico, a capacidade máxima atingida era de 20 megabytes, o equivalente a 40.000 ligações telefônicas.

A última geração de cabos submarinos em funcionamento hoje transporta 22 terabits a cada 16 pares de fibras. Ou seja, um milhão de vezes mais que seus antecessores. No entanto, ainda é insuficiente para atender as demandas globais de uma sociedade cada vez mais conectada. A maioria das fibras atuais tem um único núcleo que transporta vários sinais de luz. Mas essa tecnologia está limitada a alguns Terabits por segundo devido à interferência entre os sinais.

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Para corrigir essas limitações e atender uma demanda crescente de movimentação de dados, as empresas de telecomunicações precisam investir em tecnologias que ofereçam maior fluxo por um custo reduzido. E é justamente esse tipo de necessidade que o novo dispositivo tentará atender. Especialistas envolvidos na criação esperam que a tecnologia adaptativa do chip e da fibra óptica estejam disponíveis no mercado nos próximos cinco ou 10 anos. 

Além do aumento substancial na velocidade da internet, o chip pode ter muitas outras aplicações, incluindo a capacidade de encontrar planetas orbitando estrelas distantes, detectar doenças e até mesmo identificar danos em canos de esgoto.

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