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No Brasil, áreas rurais estão mais conectadas à internet, diz pesquisa

Levantamento TIC Domicílios 2021 mapeia o acesso às tecnologias da informação e comunicação nos lares do país

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 jun 2022, 11h29

Os lares brasileiros concentrados nas áreas rurais estão mais conectados à internet e, por conseguinte, também usam mais a rede para fazer atividades, de consumir conteúdo a comprar produtos ou resolver burocracias. No que diz respeito ao comportamento online, a população recorre cada vez mais aos marketplaces, usa com mais frequência serviços públicos de saúde virtuais e consome mais podcasts. A TV ultrapassou o computador como aparelho para se conectar. Essas são as principais conclusões da pesquisa TIC Domicílios 2021, apresentada nesta terça-feira, 21, pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Realizada desde 2005, a pesquisa mapeia o acesso às tecnologias da informação e comunicação nos lares urbanos e rurais brasileiros. Após uma edição com metodologia adaptada em razão das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o estudo volta a adotar um modelo de coleta de dados totalmente presencial – as entrevistas foram realizadas entre outubro do ano passado e março. Para este novo levantamento, foram pesquisados 23 950 domicílios, com indivíduos maiores de 10 anos, e foram ouvidas 21 011 pessoas. Os resultados foram divididos em seis módulos: acesso às TIC, uso de internet, serviços públicos online, habilidades com computador, uso de telefone celular e atividades culturais.

Houve um aumento significativo no número de domicílios rurais com acesso à internet, passando de 53% dos indivíduos de 10 anos ou mais em 2019 para 73% em 2021. Os usuários dessas regiões também passaram a realizar mais compras online, indo de 19%, em 2019, para 27% no ano passado. “A pesquisa revela mudanças importantes em termos de conectividade, especialmente em áreas rurais, e também o crescimento da televisão enquanto dispositivo de acesso à internet”, disse por meio de nota José Gontijo, coordenador do CGI.br.

A pesquisa estima que 81% da população usou a internet nos últimos três meses – o que corresponde a 148 milhões de pessoas. Também foi registrado um aumento significativo na proporção de usuários da rede nas regiões norte (83%), sul (83%) e nordeste (78%) em relação a 2019. As televisões superaram os computadores como aparelho preferencial de acesso, consolidando-se como o segundo dispositivo mais utilizado para acessar a rede – passando de 37% dos usuários, em 2019, para 50% no ano passado.

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No ano passado, 46% dos usuários de internet fizeram compras online contra 39%, em 2019. Em números absolutos, significa dizer que 68 milhões de pessoas realizaram essa atividade em 2021, quase 16 milhões a mais que antes da pandemia. Houve também aumento no uso de serviços de governo eletrônico, que passou de 68%, em 2019, para 70%, em 2021. São 93 milhões de brasileiros com mais de 16 anos realizando esse tipo de serviço no período, um acréscimo de 12 milhões de pessoas no período. Os aumentos mais significativos ocorreram no sul do país (de 69%, em 2019, para 80%, em 2021), entre pessoas com renda familiar de três a cinco salários-mínimos (de 79% para 88%).

Entre as atividades realizadas na rede, ouvir podcasts foi a que mais cresceu em relação ao período pré-pandemia. Segundo a pesquisa, 28% dos usuários disseram ter ouvido um podcast em 2021 – em 2019, eram 13%. Em 2021, 41 milhões de pessoas realizaram essa atividade, cerca de 24 milhões a mais que em 2019. Assim como em 2019, assistir a vídeos, programas, filmes ou séries (61%) e ouvir músicas (61%) estiveram entre as atividades culturais online mais citadas pela população brasileira.

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