O presidente-executivo da Nokia, Stephen Elop, rebateu insinuações de que estaria defendendo mais os interesses de seu ex-empregador, a Microsoft, do que a saúde financeira da fabricante finlandesa de celulares. As acusações começaram a circular no mercado na última sexta-feira, quando o executivo anunciou que smartphones da Nokia passarão a funcionar com o sistema operacional Windows Phone 7, da Microsoft, abandonando, assim, o Symbian, da marca finlandesa. “Eu não sou um cavalo de Troia”, disse o executivo nesta segunda-feira, durante o evento Mobile World Congress, que acontece em Barcelona, na Espanha.
Investidores também reveleram preocupação com a atuação de Elop, que mantém uma grande quantidade de ações da Microsoft, o que poderia eventualmente levá-lo a tomar decisões na Nokia para lucrar com os papéis da empresa americana. Ele respondeu afirmando que está legalmente proibido de vender as ações por um determinado prazo, mas adiantou que o fará assim que possível. Atualmente, ele não tem nenhuma participação nas ações da Nokia.
Analistas de mercado consideraram a aliança entre Microsoft e Nokia uma forma de as duas companhias barrarem o avanço de Apple e Google na área de telefonia. Segundo Elop, a decisão não partiu somente dele, mas do conselho de diretores da Nokia.
Elop foi presidente da divisão de Negócios da Microsoft e membro da equipe responsável pela estratégia geral da companhia. Ele é o primeiro não finlandês a comandar a Nokia nos 145 anos de existência da empresa.
(Com informações da agência Reuters)