A plataforma de intercâmbio de bitcoins MtGox recorreu nesta sexta-feira à lei japonesa de concordatas, anunciou a imprensa local. O tribunal de Tóquio aceitou o pedido da MtGox, segundo a agência de notícias Jiji e a cadeia de televisão pública NHK.
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O ministro japonês das Finanças, Taro Aso, anunciou que o governo tomaria medidas diante do problema do MtGox, que afundou a moeda virtual em uma crise inédita. “Pensava há tempos que íamos ter que intervir em algum momento”, declarou Taro Aso em entrevista coletiva. “Devo dizer que este momento chegou mais rápido do que o previsto”, acrescentou o ministro.
O bitcoin é negociado em várias plataformas situadas no Japão, como a MtGox, mas também na China, em Hong Kong, na Europa e nos Estados Unidos. O site interrompeu as transações no dia 7 de fevereiro e na terça-feira retirou a plataforma do ar. Os clientes do MtGox temem ter perdido centenas de milhares de dólares em bitcoins. Até agora não se sabe se o site sofreu um ataque de hackers ou simplesmente enganou seus clientes.
Criado em 2009, o bitcoin é uma moeda virtual. Baseia-se em um código programado há cinco anos por um ou vários indivíduos, cuja identidade é desconhecida. Ao contrário das moedas tradicionais, como o iene, o euro ou o dólar, o bitcoin não é apoiado por um banco central ou um governo.
Os analistas afirmam que a crise que sacode o bitcoin colocou em evidência as falhas da regulação desta moeda virtual e confirma as dúvidas sobre sua viabilidade.
(Com agência France-Presse)