Mercado brasileiro de tablets cresceu 171% em 2012
Consultoria IDC prevê a venda de 5,8 milhões de dispositivos até o final de 2013
O mercado brasileiro de tablets cresceu 171% em 2012, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela IDC Brasil, consultoria especializada em tecnologia da informação. Os números apontam que, durante o ano passado, foram vendidas mais de 3,1 milhões de unidades dos produtos, ante ao 1,1 milhão de dispositivos comercializados até o final de 2011. “Desde que os tablets foram lançados, é um mercado que sempre aponta para números crescentes, ou seja, em nenhum trimestre houve queda”, afirma Pedro Hagge, analista de mercado da IDC Brasil. “Com certeza é um aparelho que colabora para a inclusão digital já que é boa alternativa para quem precisa consumir conteúdo e não produzir muita informação.”
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A consultoria aponta que o sistema operacional Android, do Google, controla 67% do mercado nacional, deixando a Apple com os 33% restantes. Cerca de 50% dos tablets vendidos têm seu preço em torno de 500 reais, algo que, de acordo com Hagge, funcionou como estímulo ao consumo dos produtos. “A entrada de equipamentos com esta faixa de preço foi o principal fator para o aumento significativo de vendas de tablets em 2012. Em 2010 e 2011, os valores ainda eram considerados altos e o leque de opções não era tão extenso”, disse.
O executivo destaca que 88% dos aparelhos vendidos em 2012 foram parar nas mãos de usuários domésticos – um crescimento de 159% em relação ao ano anterior. Os 12% restantes foram destinados ao mercado corporativo, que experimentou um crescimento de 303% no mesmo período.
Apesar da popularização dos aparelhos, a consultoria afirmou que os tablets não estão tomando o lugar dos computadores pessoais, como desktops e notebooks. “Embora o usuário esteja comprando menos computadores, entendemos que os dispositivos têm funções bem distintas e que o tablet não é, de forma alguma, um substituto”, afirma Hagge. Para 2013, ele acredita que mais de 5,8 milhões de tablets sejam vendidos no país, o que representaria um aumento de 89,5% em relação ao ano passado.
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