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Eduardo Saverin, o brasileiro na história do Facebook

Pouca gente sabe, mas o economista paulista foi um dos criadores da rede social, ao lado do ex-amigo Mark Zuckerberg

Por Rafael Sbarai
26 nov 2010, 16h02

O brasileiro Eduardo Saverin é uma figura rara na web. Sua presença virtual é praticamente nula: seus perfis no Facebook e Linkedin são desérticos. No entanto, ele pode ser considerado um dos grandes responsáveis pela evolução na internet por ter participado da criação de um de seus maiores fenômenos. Poucos sabem, mas o economista, hoje com 28 anos, é um dos cofundadores do Facebook, a maior rede social do mundo, e o maior desafeto de Mark Zuckerberg, comandante do site. Para o escritor Ben Mezrich, autor do livro que deu origem ao filme A Rede Social, Saverin é um bilionário por acaso.

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Saverin é resistente à imprensa. Os detalhes de sua batalha jurídica contra Zuckerberg são um segredo. O limitado histórico que se tem dele estará nos cinemas na próxima sexta-feira, quando entra em cartaz A Rede Social.

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Saverin é de família rica. Nasceu em 1982, em São Paulo. No início da década de 90, mudou-se com a família para os Estados Unidos por uma razão inusitada, segundo Mezrich: descobriu que seu nome estava em uma suposta lista de “sequestráveis”. Em 2003, iniciou o curso de economia na Universidade de Harvard. Ali, conheceu Zuckerberg, aluno de ciência da computação, considerado por muitos um gênio. A amizade levou ao projeto do Facebook.

O lançamento do “TheFacebook”, como era conhecido inicialmente, foi bombástico. Em menos de um dia, o site atingiu a marca de mais de 1.000 acessos – fato que animou os dois jovens. Eram necessários mais investimentos para angariar mais adeptos. Saverin foi o banco de Zuckerberg. Segundo documento do próprio Facebook, “Saverin administrou o desenvolvimento de negócios e aspectos comerciais da rede social em seus primeiros anos”.

O negócio, que tinha o único objetivo de conectar estudantes da universidade, foi além. Superou qualquer expectativa. Na mesma proporção, iniciaram os atritos entre os criadores: Zuckerberg almejava novos usuários; Saverin, investimentos.

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Sem um acordo sobre o caminho a ser trilhado, Saverin decidiu deixar a empresa e finalizar a graduação em Harvard. Zuckerberg, por sua vez, abandonou de vez o curso e, incentivado por Sean Parker, cofundador do Napster (site que fornecia músicas para download gratuito na internet e que foi tirado do ar pela Justiça americana), mudou-se para a Califórnia para se dedicar exclusivamente ao Facebook.

Mais tarde, Saverin foi processado pelo Facebook por interferir nos negócios da empresa. Segundo relatos de Bilionários por Acaso, Zuckerberg queria diminuir a participação do brasileiro nos ganhos totais: de 24% para 0,3%. Saverin, perplexo com a atitude do ex-amigo, reagiu: abriu processo contra a empresa – vencendo, posteriormente. Hoje, Saverin detém 5% do Facebook, o que lhe credencia a integrar o posto de 356º homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em 1,15 bilhão de dólares, segundo a Forbes. Zuckerberg, com 6,9 bilhões de dólares, é o 35º, à frente de poderosos da tecnologia como Steve Jobs (42º).

Desde a vitória judicial, Saverin apareceu publicamente uma única vez. Em outubro, publicou suas impressões sobre o filme A Rede Social. Hoje, é a negação da rede que ajudou a construir: é um antissocial. O antissocial mais procurado na web.

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