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Brasil é o 72º colocado no ranking de inclusão digital

Estudo da Fundação Getúlio Vargas conclui que 51,2% da população têm acesso à internet, computador em casa, telefone fixo ou celular - não necessariamente todos juntos

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h13 - Publicado em 31 jul 2012, 16h47
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  • “Vejo as políticas de inclusão digital como um meio para gerar inclusão social. Não se trata de um fim em si mesmo. Temos relegado para segundo plano a importância do celular como plataforma para a inclusão digital”, diz Neri

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    O Brasil está na 72ª colocação em um ranking que avalia a inclusão digital de 150 países. O cálculo foi feito pela Fundação Getúlio Vargas, sob a coordenação do professor Marcelo Neri, e divulgado nesta terça-feira. O estudo mostra que 51,2% da população têm acesso à internet, computador em casa, telefone fixo ou celular – não necessariamente todos juntos. O porcentual está acima da média global do grupo de países avaliados, que é de 49,1%. “O Brasil está no meio do mundo. É um bom espelho do planeta e está na média da America Latina. Pode-se dizer que o copo está meio cheio ou meio vazio, porque está exatamente no meio”, explica Neri. A pesquisa incluiu os 5.550 municípios brasileiros, estados, capitais, distritos e bairros e foi feita em parceria com a Fundação Telefônica.

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    O país com maior índice de acesso às tecnologias de informação e comunicação (ITICs) é a Suécia, com 95,7%. O Brasil, com 51,2%, está atrás de países como Kuwait (86,5%), Emirados Árabes (85,75%), Venezuela (63,2%), Chile (56,5%), Argentina (55,2%), Uruguai (55,2%), China (53%) e Colômbia (52%). Se excluído o acesso ao celular no ITIC, há alterações nos países em pior colocação. Isso porque o celular tem peso significativo no índice de tecnologias e comunicação de países, sobretudo, da África. No continente, as taxas de acesso a internet e telefone fixo ficam, na maioria dos países, em até 12%.

    “Faz muita diferença para o uso de internet a sua renda. Para o celular não. Uma condição necessária para você usar tecnologias de internet é ter um grau de educação de que as camadas pobres do Brasil ainda não dispõem”, afirma o pesquisador. O objetivo de Neri é que a pesquisa possa ser usada como base para políticas de inclusão social e de amparo à oitava meta do milênio, que traça objetivos em relação à conectividade. “A taxa de uso do celular tem aumentado bastante. Em 2001, na classe E, 23% dos domicílios da população pobre tinham celular. Agora, o percentual é de 65%. Ou seja, dois terços dos pobres do Brasil têm celular. O celular é um dispositivo que está onde as pessoas estão. Ele é uma plataforma privilegiada muito mais do que internet, que está mais presente nas classes AB e C”, afirma.

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    “Vejo as políticas de inclusão digital como um meio para gerar inclusão social. Não se trata de um fim em si mesmo. Temos relegado para segundo plano a importância do celular como plataforma para a inclusão digital”, diz Neri. No Brasil, a taxa de cobertura de domicílios com celular é de 87% contra 40% de computador com internet e 38% da telefonia fixa, que caiu 14% nos últimos oito anos. No mesmo período, o acesso a celular aumentou em 165%.

    No comparativo local, as populações das cidades com melhor e pior índices de acesso à internet, computador em casa, telefone fixo ou celular são Fernando Falcão, no Maranhão, com 3,7%, e, no outro extremo, São Caetano, em São Paulo, com 82,6%.A capital com maior inclusão é Florianópolis (77,1%).

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    Na análise pelas regiões administrativas, no entanto, as que estão no topo do ranking ficam em São Paulo. A primeira delas é Moema (93%), que, se fosse um país, estaria na quinta posição mundial, entre Nova Zelândia e Holanda. Após nove regiões administrativas de São Paulo, aparece a região de Bueno, em Goiânia, e a Lagoa, no Rio de Janeiro.

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    Na capital fluminense, os subdistritos com menores ITIC são as favelas da Rocinha (57,5%), Maré (55,9%), Jacarezinho (54.5%) e Complexo do Alemão (50,8%). Ainda assim, todos estão acima da média mundial. “São áreas de baixa renda em locais de alta renda. Há uma rede e serviços. Não analisamos, no entanto, a qualidade”, explica Neri. Não foi levada em consideração a forma como os moradores de favela acessam a internet, que pode ser, por exemplo, através de ligações clandestinas.

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    Felicidade- A pesquisa mostra a existência de uma relação entre inclusão digital e felicidade. A cada 10% de ganho no ITIC, a felicidade presente sobe para 2,2%. O Brasil é o país que tem menor ligação entre felicidade presente e acesso à telefonia.

    O principal objetivo de quem se conecta na internet é a comunicação (37,3%) seguido por lazer (29,6%), leitura de jornais e revistas e busca de informação (28,7%) e educação e aprendizado (28,1%).

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