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Brasil cai muito em competitividade digital; veja o ranking

País caiu cinco colocações desde o último relatório

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 nov 2023, 20h01
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  • Um relatório divulgado nesta quinta-feira, 30, pela Fundação Dom Cabral em cooperação com a escola de negócios IMD, revela que o Brasil está entre os dez últimos colocados no Ranking Mundial de Competitividade Digital. Arrastado por uma piora em todos os fatores mensurados, o país caiu cinco posições desde o último relatório.

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    O ranking, que analisa a capacidade das economias mundiais de incorporarem tecnologias que podem impactar a produtividade e o crescimento das organizações, mostrou que entre os 64 países analisados, o país figurou na 57º posição. Entre os pontos que merecem mais atenção, estão o financiamento para o desenvolvimento tecnológico, ambiente regulatório, uso de Big Data e Analytics, desenvolvimento de habilidades para o digital e o investimento em talentos.

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    O que causou essa queda?

    De acordo com os especialistas, a principal causa dessa queda foi a inação do país em relação às potências mais desenvolvidas. “Há um deslocamento entre os 10 primeiros colocados em relação ao Brasil”, afirma o diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, Hugo Tadeu. “Eles estão investindo de forma significativa em tecnologias digitais, formação de mão de obra altamente qualificada e geração de riqueza para o mercado privado.”

    Visão Geral do Ranking
    1º Estados Unidos
    2º Holanda
    3º Singapura
    4º Dinamarca
    5º Suíça
    6º Coreia do Sul
    7º Suécia
    8º Finlândia
    9º Taiwan
    10º Hong Kong

    57º Brasil

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    Para Tadeu, o Brasil poderia se inspirar na Coreia do Sul. Há três décadas, o país era majoritariamente agrícola, com uma renda per-capta baixa, mas investiu em tecnologia e hoje figura entre os mais competitivos digitalmente. “A grosso modo, esse tipo de investimento gera monopólio e riquezas, beneficiando a população”, afirma.

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    Essa responsabilidade deveria ser feita de maneira compartilhada, entre os setores público e privado. Enquanto o primeiro deveria criar um arcabouço regulatório e de investimentos, o segundo deveria priorizar pesquisa e desenvolvimento, além da aplicação de tecnologias práticas e da utilização de dados concretos para a tomada de decisão.

    Quais os destaques do país?

    O relatório não trouxe apenas notícias ruins para o Brasil. Embora o país tenha caído de posição em todos os fatores analisados, ele ficou entre os top 20 nos quesitos gastos públicos com educação, representatividade feminina em pesquisas científicas, produtividade de publicação por pesquisas, adoção de robótica na educação e uso de serviços públicos online pela população.

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    O especialista da Fundação Dom Cabral reconhece que, em quesitos numéricos, esses foram bons resultados, mas defende que, agora, o país precisa focar na qualidade – os destaques, em especial o científico e o educacional, precisam passar a gerar riqueza e inovação para o país.

    Isso dependerá, fundamentalmente, da mentalidade dos governantes. De acordo com ele, a gestão federal atual deu sinais positivos nesse sentido, por meio do aumento de recursos para a Finep, por exemplo. “Há uma boa vontade, mas o mais interessante seria a criação de um plano estratégico a longo prazo, dentro de uma agenda recorrente”, diz Tadeu.

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    E já há uma infraestrutura para isso. A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapi), por exemplo, junto das agências de fomento estaduais, poderia centralizar essa pauta, promovendo a intercâmbio pessoal com países desenvolvidos, investindo em talentos e priorizando projetos que podem gerar recursos e propriedade intelectual.

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