A Zodiac, que representa a Moderna no Brasil, vai solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de registro definitivo do imunizante da empresa de biotecnologia contra a Covid-19 para bebês a partir de seis meses e demais faixas etárias ainda neste semestre. Um pedido para uso em crianças pequenas foi feito para a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana, após testes apontarem segurança e eficácia da vacina no grupo de seis meses a seis anos de idade.
Segundo a Zodiac, empresa do Grupo Adium, o pedido de regulação, distribuição e comercialização no Brasil está em fase de elaboração e a expectativa é de que a liberação ocorra até o fim deste ano. A informação foi dada ao jornal O Globo e confirmada por VEJA.
A vacina contra Covid da Moderna utiliza a tecnologia de RNA mensageiro, assim como o imunizante da Pfizer, e é usada em 84 países. Nos Estados Unidos, a empresa fez um pedido de autorização de uso emergencial da vacina no esquema de duas doses em crianças dos grupos de 6 meses a menos de 2 anos e de 2 anos a menos de 6 anos na semana passada. Testes realizados com esses grupos apontaram que houve “resposta robusta dos anticorpos neutralizantes”, segundo a Moderna.
“Acreditamos que a mRNA-1273 será capaz de proteger com segurança essas crianças contra o SARS-CoV-2, e isso é muito importante em nossa luta contínua contra a Covid-19, e será especialmente bem aceita pelos pais e cuidadores”, informou, em comunicado, Stéphane Bancel, CEO da Moderna.
O imunizante ainda não é aplicado em nenhuma faixa etária no Brasil, mas a Zodiac já se reuniu com a Anvisa para iniciar as tratativas sobre o processo de registro da vacina no país.
No Brasil, a vacinação infantil contra a Covid-19 é feita com o imunizante da Pfizer, liberado para crianças de 5 a 11 anos, e com a CoronaVac, aplicada no grupo com mais de 6 anos, mas que está em fase de apresentação de mais dados para tentar a aprovação de alteração da bula e, assim, poder ser indicada para o público de 3 a 5 anos.