Vacinação contribui para queda de 41% nos novos casos de Covid-19 nos EUA
Por outro lado, possível escassez de doses ameaça o progresso na contenção da pandemia no país
O número de novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos caiu 41% nos últimos 14 dias, segundo informações do The New York Times. No mesmo período, houve queda de 22% nas mortes e 29% nas internações. Em comparação com o pico da pandemia no país, atingido em 8 de janeiro, quando foram registrados 300.619 casos, a redução foi de 81,5%.
De acordo com especialistas, vários fatores contribuem para a tendência, incluindo a imunização em massa e maior adesão a medidas preventivas, como distanciamento social e uso de máscaras, medidas amplamente defendidas pelo presidente Joe Biden. Até domingo, 14, cerca de 38,6 milhões de pessoas haviam recebido ao menos uma dose da vacina. Destas 14,1 milhões já completaram o esquema vacinal de duas doses. A taxa diária de vacinações no país no último sábado e domingo foi de 2,2 milhões de doses administradas, de acordo com uma análise feita pelo Wall Street Journal com base em dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês).
No entanto, autoridades de saúde locais temem que as novas variantes do vírus possam causar novos surtos e que, em breve, haja falta de vacinas, já que a oferta não acompanha a demanda. A distribuição de imunizantes no país é considerada lenta e alguns estados já lidam com a iminente falta de doses. O estado de Nova York, por exemplo, deve esgotar seu estoque antes de sexta-feira, 19. Mas, de acordo com o governador Andrew M. Cuomo, mais unidades chegarão nos próximos dias.
Os Estados Unidos já garantiram cerca de 1,2 bilhão de doses, fornecidas por diferentes empresas, incluindo Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson, segundo informações do Duke Global Health Innovation Center. Entretanto, a entrega dessas unidades ainda acontece de forma lenta. Autoridades locais de saúde e executivos de empresas produtoras afirmam que não será possível aumentar a oferta de antígenos ao país antes de abril, devido à falta de capacidade de fabricação.