Vacina da Pfizer pode ser armazenada em geladeiras comuns por até 1 mês
Decisão da Agência Europeia de Medicamentos estende o prazo de armazenamento do imunizante entre 2 a 8°C de 5 para 31 dias
O comitê de medicamentos humanos da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) estendeu o prazo de armazenamento da vacina contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech em temperatura normal, entre 2°C e 8°C – como a de geladeiras comuns –, de cinco para 31 dias. A alteração facilitará o manuseio da vacina em centros de vacinação em toda a União Europeia.
“Espera-se que o aumento da flexibilidade no armazenamento e manuseio da vacina tenha um impacto significativo no planejamento e na logística da implantação da vacina nos Estados-Membros da União Europeia”, disse a agência em comunicado. A mudança vale para frascos descongelados e fechados.
LEIA TAMBÉM: Atraso na compra da Pfizer também deixou prejuízo financeiro
A Comirnaty, nome oficial da vacina da Pfizer-BioNTech, tem prazo de validade de até seis meses quando armazenada em temperatura ultrafria, de -75°C, o que dificulta sua distribuição, já que equipamentos com essas características de armazenamento não estão amplamente disponíveis no mundo. Nos últimos meses, a Pfizer e a BioNTech buscam encontrar soluções para ampliar a distribuição da vacina.
LEIA TAMBÉM: O que está ocorrendo com a vacina Sputnik V?
No Brasil, a Anvisa permite que a vacina seja guardada a -20ºC por até duas semanas. Mas, em temperatura normal, o período de armazenamento é de até cinco dias. Por isso, até o momento, o imunizante está disponível apenas nas capitais do país. Se a decisão da EMA for seguida pela Anvisa, será mais fácil ampliar o acesso a essa vacina pelo país.
Na última sexta-feira, 14, o Brasil fechou um novo acordo para a compra de mais 100 milhões de doses do imunizante, totalizando 200 milhões de vacinas negociadas entre a Pfizer e o governo brasileiro.
+ Vacinação: 87% dos brasileiros de 70 a 79 anos receberam ao menos uma dose