União Europeia dá aval para vacina de Oxford-AstraZeneca
Esse é a terceiro imunizante aprovado no bloco; vacinação só pode começar após autorização da Comissão Europeia
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) aprovou nesta sexta-feira, 29, o uso emergencial da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Oxford em parceria com a AstraZeneca. Entretanto, antes do início da imunização é preciso esperar o sinal verde da Comissão Europeia, o que deve ocorrer em breve.
A vacina teve seu uso recomendado para adultos a partir de 18 anos de idade. Esta é a terceira vacina contra a Covid-19 aprovada no bloco, após o imunizante da Pfizer-BioNTech e da Moderna. “Tal como em casos anteriores, o CHMP avaliou rigorosamente esta vacina e a base científica do nosso trabalho sustenta o nosso firme compromisso de salvaguardar a saúde dos cidadãos da UE.”
O Comitê de Medicamentos para Uso Humano recomenda a aplicação de duas doses do imunizante, com quatro a 12 semanas de intervalo. “Este regime de dosagem foi demonstrado em ensaios clínicos ser seguro e eficaz na prevenção de Covid-19 sintomático, sem casos graves e sem hospitalizações mais de 14 dias após a segunda dose”, disse a AstraZeneca, em comunicado.
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A EMA ressaltou que ainda não há resultados suficientes sobre a eficácia da vacina em voluntários com mais de 55 anos. “No entanto, espera-se proteção, visto que uma resposta imune é observada nesta faixa etária e com base na experiência com outras vacinas; Como há informações confiáveis sobre segurança nessa população, os especialistas científicos da EMA consideraram que a vacina pode ser usada em idosos. Mais informações são esperadas dos estudos em andamento, que incluem uma proporção maior de participantes idosos”, escreveu a agência.
A ressalva é importante pois, na quinta-feira, 28, autoridades de saúde da Alemanha contraindicaram o uso da vacina em idosos a partir de 65 anos de idade sob a alegação que os dados são “insuficientes” neste grupo.
A AstraZeneca também solicitou à Organização Mundial da Saúde (OMS) a inclusão da vacina na Lista de Uso de Emergência, que acelera a disponibilidade de vacinas em países de baixa renda. No Brasil, o imunizante teve seu uso emergencial aprovado pela Anvisa e já está em uso. Entretanto, a quantidade de doses ainda é reduzida. Apenas 2 milhões de doses estão disponíveis para uso.