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Transplante de células-tronco faz mulher se libertar do vírus da aids

Com câncer no sangue, paciente de Nova York se submeteu ao procedimento, que eliminou o tumor e o HIV. Ela é o quarto caso no mundo a conseguir a remissão

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 mar 2023, 19h19 - Publicado em 17 mar 2023, 17h15

Nos Estados Unidos, uma mulher conseguiu eliminar o vírus HIV após um transplante de células-tronco feito com células do sangue do cordão umbilical. É a primeira vez que um paciente consegue se libertar do patógeno que provoca a aids com esse tipo específico de transplante, já que além de compatíveis, possuem uma mutação que não deixa o vírus entrar nas células e, portanto, impede a infecção e a replicação viral.

Assim como essa mulher, Timothy Brown, que sofria de leucemia mieloide aguda e ficou conhecido como o paciente de Berlim; Adam Castillejo, o paciente de Londres, com linfoma de Hodgkin; e o paciente de Düsseldorf, um homem de 53 anos que sofria de leucemia, conseguiram se livrar do vírus e do câncer no sangue, só que com transplante de células-tronco adultas.

“Hoje ela está clinicamente saudável e livre do câncer e do HIV, o que chamamos de cura possível, já que temos um período mais longo de acompanhamento”, afirmou Yvonne Bryson, autora do estudo publicado na revista Cell e especialista da Divisão de Doenças Infecciosas do Departamento de Pediatria da Universidade da Califórnia. Falar em cura só é possível após 30 meses sem vestígios do vírus mesmo sem usar medicamentos antirretrovirais.

“São boas notícias que abrem portas para, no futuro, desenvolver novas técnicas para dimensionar essa estratégia terapêutica”, disse Yvonne, mesmo ressaltando que o transplante não é recomendado a todas as pessoas portadoras do HIV, pois trata-se de um procedimento muito agressivo, que consiste no esvaziamento da medula óssea, onde se encontram as células-tronco formadoras do sangue, para eliminar o tumor e voltar a preenchê-la com as extraídas de um doador compatível.

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O transplante é feito principalmente em pessoas com cânceres hematológicos e que não respondem a outros tratamentos, como era o caso dos quatro pacientes que, para eliminar o câncer e o HIV, tiveram doadores compatíveis, mas com uma mutação específica no gene CCR5 (CCR5Δ32), que impede a entrada do vírus nas células.

Vale ressaltar que, mesmo com esses casos de remissão, a infecção pelo vírus da aids é considerada incurável, sem vacinas preventivas ou remédios que a eliminem para sempre. Atualmente, a aids é controlada por meio da administração de medicamentos antirretrovirais, que diminuem a carga viral, e afeta cerca de 38 milhões no mundo.

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