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Ter autocontrole torna uma pessoa mais feliz, diz estudo

De acordo com a pesquisa, quem tem mais autocontrole e disciplina evita situações que possam ser conflitantes e, portanto, provocar emoções negativas

Por Da Redação
25 jun 2013, 14h05
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  • Pessoas disciplinadas e que exercem o autocontrole, ao contrário do que possa parecer algumas vezes, são mais felizes. É o que diz uma pesquisa americana publicada na edição deste mês do periódico Journal of Personality. Segundo os autores do estudo, isso ocorre pois esses indivíduos tendem a evitar situações tentadoras e conseguem lidar melhor com objetivos conflitantes. Por exemplo, diante de um doce, eles conseguem ponderar a melhor opção entre o prazer de comer o alimento e o ganho de peso que vem junto.

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    Título original: Yes, But Are They Happy? Effects of Trait Self-Control on Affective Well-Being and Life Satisfaction

    Onde foi divulgada: periódico Journal of Personality

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    Quem fez: Wilhelm Hofmann, Rachel R. Fisher, Maike Luhmann, Kathleen D. Vohs e Roy F. Baumeister

    Instituição: Universidade de Chicago; Universidade de Minnesota; Universidade de Illinois em Chicago; Universidade do Estado da Flórida, Estados Unidos

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    Dados de amostragem: 414 adultos na primeira etapa do estudo; 208 adultos na segunda etapa; e 234 na terceira.

    Resultado: Pessoas que se saíram melhor em testes de autocontrole são as mesmas que relataram melhor satisfação com suas vidas e mais episódios de bom humor

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    Os pesquisadores realizaram esse trabalho com o objetivo de avaliar se, como muitos acreditam, uma personalidade disciplinada faz com que uma pessoa se sinta menos feliz. A pesquisa, desenvolvida na Universidade de Chicago, Estados Unidos, avaliou o desempenho de 414 adultos em uma série de testes de autocontrole. Os participantes também foram questionados sobre o quão satisfeitos estavam com suas vidas e foram orientados a descrever seu estado de humor a cada dia por meio de um aplicativo de smartphone.

    A pesquisa foi feita em três etapas. Participaram da primeira fase 414 adultos com uma média de 35 anos de idade; da segunda fase, 208 adultos com 25 anos de idade, em média; e da terceira fase, 234 pessoas de 34,5 anos, em média.

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    Ao final do estudo, os pesquisadores encontraram uma forte relação entre indivíduos que apresentaram mais autocontrole nos testes e uma maior satisfação com a própria vida. Além disso, pessoas mais disciplinadas relataram mais episódios de bom humor, e menos de mau humor.

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    De acordo com os autores, porém, isso não parece estar ligado ao fato de esses indivíduos serem mais capazes de resistir a tentações, mas sim ao fato de que eles se expõem a menos situações tentadoras. E, quando o fazem, sabem lidar melhor com elas.

    “Pessoas que têm um bom autocontrole fazem uma série de coisas que as tornam mais felizes. Uma delas é evitar desejos problemáticos e conflitos”, disse Kathleen Vohs, umas das autoras do estudo, ao site da revista Time. Segundo ela, isso acaba resultando em menos emoções negativas. “Uma interpretação dessas conclusões é que as pessoas usam o autocontrole para configurar as suas vidas de modo a evitar problemas”, escrevem os autores.

    O teste do marshmallow

    No final dos anos 1960, o psicólogo Walter Mischel, da Universidade Stanford, Estados Unidos, desenvolveu um estudo que se tornou um clássico quando se trata de autocontrole.

    O pesquisador colocou centenas de crianças de quatro anos de idade, uma de cada vez, em uma pequena sala que continha um marshmallow sobre a mesa. Mischel explicou a cada criança que ela ficaria sozinha na sala e que, se ela não comesse o doce, ele voltaria depois de 15 minutos e lhe daria o segundo marshmallow. Caso a criança comesse o doce, não ganharia mais nada. A maioria das crianças disse que iria esperar, mas muitas delas não resistiram à tentação.

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    Depois, essas crianças foram acompanhadas durante vários anos e o pesquisador observou que aquelas que conseguiram esperar os 15 minutos para ganhar outro doce foram menos propensas a ter problemas de comportamento, de dependência química e de obesidade durante o Ensino Médio.

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