A República Democrática do Congo declarou nesta terça-feira 27, o fim de um novo surto de ebola, no qual foi confirmado apenas um caso, há seis semanas, na província de Kivu do Norte, leste do país.
É o décimo quinto surto da doença no Congo, desde a descoberta em 1976, porém, “um dos menos catastróficos”, segundo o governo. Um anterior, o 14ª, que causou cinco mortes em três meses no oeste do país, foi declarada concluída em 4 de julho, lembra o escritório da África, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O anúncio, no entanto, veio enquanto a Uganda, vizinha do Congo, tenta conter um surto de ebola que “evolui rapidamente”, informou a OMS-África, em nota. O país declarou estado de alerta na última terça-feira 20, depois que um caso da cepa relativamente rara no Sudão foi detectado no distrito de Mubende. Os números apontam uma taxa de letalidade de 62%, até agora.
De acordo com dados do Ministério da Saúde de Uganda, são 21 mortes no país causadas pelo ebola. O vírus se espalhou para os distritos vizinhos de Kyegegwa e Kassanda, com o órgão relatando aumento para 36 casos cumulativos, incluindo confirmados e prováveis. Nenhum caso foi detectado na capital Kampala.
O vírus ebola é, na maioria das vezes, fatal, com taxas de mortalidade de até 90% para algumas cepas, embora já existam vacinas e tratamentos para a doença. Ele provoca um quadro de febre hemorrágica, que se espalha para humanos principalmente a partir de animais infectados.
A transmissão entre pessoas ocorre por meio de fluidos corporais, e os principais sintomas são febre, vômito, hemorragia e diarreia. Uganda já teve surtos anteriores da doença, que matou milhares de pessoas na África. O mais recente do país foi declarado como encerrado em 2019, depois de pelo menos cinco mortes.