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Sputnik V: Fundo russo diz que decisão da Anvisa tem motivação política

Após agência negar importação da vacina por falta de dados, RDFI afirma que atraso na aprovação 'não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência'

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 abr 2021, 17h50 - Publicado em 27 abr 2021, 13h18

O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), disse nesta terça-feira, 27, que a decisão da Anvisa de proibir a importação da vacina contra a Covid-19 Sputnik V é de “natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência”. A declaração ocorreu após a agência brasileira ter rejeitado de forma unânime os pedidos de importação realizados por dez estados brasileiros.

A decisão foi embasada em uma série de pareceres técnicos que levantaram dúvidas sobre falhas em etapas de produção e estudo que comprometem a análise da segurança e eficácia do fármaco. No entanto, segundo o Fundo “essa decisão é consequência direta da pressão dos Estados Unidos Departamento de Saúde, que em seu relatório anual de 2020 há vários meses, declarou publicamente que ‘persuadiu o Brasil a rejeitar a vacina russa contra a Covid-19′”.

O RDFI afirma ainda que forneceu à Anvisa mais documentos do que a qualquer outra agência de países que já aprovaram o fármaco, que a equipe da Anvisa que viajou à Moscou para visitar as instalações da fábrica “teve pleno acesso a todos os documentos relevantes, bem como a locais de pesquisa e produção” e ressaltou que o imunizante é eficaz e seguro. “A segurança e eficácia do Sputnik V foram confirmadas por 61 reguladores em países onde a vacina foi autorizada com a população total de mais de 3 bilhões de pessoas”, disse o fundo em comunicado.

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A decisão da Anvisa

A gerência-geral de medicamentos e produtos biológicos foi a primeira a não recomendar a importação. Entre as deficiências detectadas que motivaram a decisão estão a presença de um adenovírus com capacidade de replicação, a falta de informações relacionadas à condução do estudo, falta de informações detalhadas sobre o perfil de segurança da vacina,  incerteza sobre o controle de qualidade da vacina e falta de acesso integral para fiscalizar as instalações de produção do imunizante.

Para os diretores da Anvisa, essas e outras falhas apontadas poderiam colocar em risco a saúde de pelo menos 14,8 milhões de brasileiros. Essa não é a primeira vez que a agência nega um pedido relacional à Sputnik V devido à falta de apresentação dos documentos exigidos. Vale lembrar que a negativa vale somente para o atual pedido e nada impede que uma nova solicitação seja feita.

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