Uma sala lotada de pessoas com seus rostos cobertos por máscaras de proteção, esperando atendimento e ansiosas por um diagnóstico. Essa é a situação do pronto-socorro do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo, nos últimos dias. Segundo o diretor da unidade, David Uip, o número de atendimentos triplicou em aproximadamente uma semana.
Somente entre a segunda e a quarta-feira desta semana, a alta na procura por atendimento foi de 43%, saltando de 204 para 292. “A média do hospital, nessa época do ano, é de 70 atendimentos por dia”, conta Uip.
De acordo com o infectologista, a maior parte das pessoas que buscaram atendimento tinha voltado de algum país onde a gripe é mais severa (caso de Argentina e Chile) ou teve contato com alguém que pode estar com a doença. O diagnóstico da maioria, porém, era o de gripe comum – e não a suína.
A tendência, para Uip, é que a procura continue crescendo nos próximos dias. “Estamos preparados para aumentar o número de atendimentos, se for preciso. O que pode acontecer é pico de espera de 2 horas, como aconteceu na última quinta-feira”, relata.
O número de pedidos de exames para diangnóstico da gripe também subiu, segundo o Instituto Adolfo Lutz – único do estado de São Paulo que possui os kits. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, até a semana passada, eram feitos entre 80 e 100 testes por dia. Nesta última semana, o número saltou para entre 100 e 150 diários. A assessoria garante que o Instituto tem capacidade para atender a demanda de solicitações.