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Se estiver com ressaca, não dirija

Pesquisa inglesa mostra que o problema afeta a memória e habilidade de coordenação

Por Da Redação
Atualizado em 28 ago 2018, 17h23 - Publicado em 28 ago 2018, 16h47
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  • Ressaca no sofá
    Dor de cabeça, enjoo e vômito são sintomas comuns da ressaca. (iStockphoto/Getty Images)

    Dor de cabeça, enjoo e vômito não são os únicos sintomas da ressaca provocada por uma noite de bebedeira. As consequências da ingestão exagerada de bebida alcoólica no dia seguinte também prejudicam a cognição dos indivíduos, incluindo memória, atenção, coordenação e habilidades de direção, indica estudo publicado na semana passada no periódico Addiction.

    Essa reação do corpo pode atrapalhar a execução de atividades cotidianas, como dirigir, e o desempenho no trabalho, já que a ressaca afeta a concentração e a memória. Isso acontece porque os efeitos do álcool no cérebro podem continuar mesmo depois que as substâncias químicas presentes na bebida tenham deixado a corrente sanguínea.

    Alguns dos prejuízos causados pela ingestão de bebida alcoólica já são bem conhecidos da ciência e da população, especialmente da parcela que bebe. No entanto, o novo estudo, baseado em uma mata-análise de 19 estudos anteriores com mais de 1.100 pessoas, confirma as algumas das implicações no sistema cognitivo.

    Se estiver de ressaca, não dirija

    Pois é. Os pesquisadores descobriram que a ressaca também pode oferecer riscos para quem dirige. A explicação é simples: as pessoas de ressaca (com nível de álcool no sangue inferior a 0,02%) apresentam déficit de atenção e de memória, e pouca habilidade de coordenação, o que prejudica a capacidade de controlar um veículo. Ou seja, as pessoas podem não ser capazes de reagir de maneira eficiente ao sinal vermelho, por exemplo.

    “Embora muitas pessoas achem que não há problema em dirigir na manhã seguinte a uma noite de bebedeira, pode ​​ser que ainda tenhamos problemas, mesmo depois de o álcool ter deixado o nosso sistema”, disse Sally Adams, principal autora do estudo, ao Live Science.

    Segundo Craig Gunn, da Universidade de Bath, na Inglaterra, os resultados indicam que, assim como durante o período de maior presença de álcool no sangue – no Brasil, o limite legal de álcool é de 6 miligramas por litro de sangue (6mg/L) -, a ressaca pode interferir nos processos de pensamento e, consequentemente, na realização de tarefas diárias. Isso não afeta apenas a habilidade de conduzir um veículo; estudos e trabalho também podem ser prejudicados pelos efeitos da ressaca.

    Fatores associados

    Apesar dos resultados, os pesquisadores destacaram que alguns dos estudos não levaram em consideração outros fatores que podem afetar as habilidades de raciocínio, como o tabagismo e privação de sono. Por causa disso, maiores estudos sobre os efeitos do álcool na cognição – particularmente nas “funções executivas”, que incluem a tomada de decisões e a resolução de problemas – são necessários. Os pesquisadores ainda apontam que estudos sobre o efeito das ressacas na segurança e produtividade no local de trabalho precisam ser considerados para corroborar as novas descobertas.

    Apenas não beba

    Pesquisa publicada na semana passada na revista médica Lancet aponta que quando o assunto é consumo de bebida alcoólica, não existe um nível seguro, ou seja, para evitar problemas de saúde, é melhor não ingerir álcool. Nunca.

    Segundo  Institute for Health Metrics and Evaluation, nos Estados Unidos, o álcool causou 2,8 milhões de mortes prematuras em 2016, além de ter sido o principal fator de risco para mortalidade prematura e incapacidade em indivíduos entre 15 e 49 anos, representando 20% das mortes registradas.

    Entre indivíduos mais jovens, as maiores causas de morte ligadas ao álcool foram tuberculose (1,4%), acidente de trânsito (1,2%) e automutilação (1,1%). Outro dado indica que 27,1% dos óbitos por câncer em mulheres e 18,9% em homens foram ligados ao hábito do consumo de bebida alcoólica. A avaliação foi feita em pessoas acima de 50 anos.

    Apesar de terem notado que baixos níveis de álcool podem oferecer pequena proteção contra doenças cardíacas – e mesmo contra o diabetes -, esses aspectos positivos não superam o impacto nocivo do álcool.

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