A cidade do Rio de Janeiro e o Distrito Federal confirmaram que registraram pela primeira vez casos de infecção pela nova sublinhagem EG.5, mais conhecida como Éris, da variante de preocupação ômicron. Na capital fluminense, o paciente foi um homem de 46 anos sem a dose de reforço com vacina bivalente e que não tinha histórico de viagem. Assim, Secretaria Municipal de Saúde atestou transmissão local do vírus. No Distrito Federal, o caso foi em uma menina com menos de 2 anos.
No Rio, o paciente apresentou sintomas leves e ficou em isolamento domiciliar. No episódio da capital federal, a criança foi atendida com sintomas respiratórios no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) no último dia 11 e ficou internada por três dias, mas já teve alta. Ambos os casos foram confirmados nesta quarta-feira, 30.
O primeiro caso da nova sublinhagem foi confirmado em São Paulo no dia 17 deste mês em uma paciente de 71 anos que tinha a carteira de vacinação atualizada. A sublinhagem EG.5 da Covid-19 tem sido acompanhada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por estar elevando o número de casos da doença nos Estados Unidos e no Reino Unido. Mais de 50 países reportaram sequências genômicas da Éris, que, embora não apresente riscos elevados de causar óbitos, é altamente contagiosa e leva a reinfecções por ter uma grande quantidade de mutações.
No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Infectologia é de manter o esquema vacinal atualizado. No entanto, a campanha ainda patina. Dados oficiais apontam que apenas 15,4% da população adulta procurou os postos de saúde para receber a dose da vacina bivalente, que protege contra a cepa original do SARS-CoV-2 e a variante de preocupação ômicron. As doses bivalentes estão disponíveis nos postos de vacinação para a população acima de 12 anos.
“A recomendação da vacinação como principal medida de combate à Covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização das doses de reforço para prevenção da doença”, informou, em nota, o ministério. “Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscara em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. A recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais”, completa.
Casos de Covid-19 dobram no Brasil
Um novo levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com dados de 22 de julho e 19 de agosto mostrou aumento na taxa de positividade para SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19), e apontou que os índices dobraram em apenas um mês, passando de 7% para 15,3%.
Segundo a análise, as faixas etárias de 49 a 59 anos e acima de 80 anos foram as que apresentaram as altas mais elevadas, de 21,4% e 20,9%, respectivamente. O balanço foi feito com base em 1.196.275 diagnósticos moleculares feitos pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin.