Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O que se sabe sobre a Éris, nova variante da Covid-19

Subvariante da ômicron, predominante nos EUA, registra crescimento no Reino Unido, mas não causa doença grave nem representa maior risco à saúde pública

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 ago 2023, 15h54 - Publicado em 14 ago 2023, 12h52

Uma nova cepa do SARS-CoV-2, vírus que provoca a Covid-19, começa a ganhar força nos Estados Unidos e Reino Unido. Trata-se da EG.5 ou “Éris”, que nas duas últimas semanas respondeu por 17,3% dos casos no país americano. Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a prevalência de EG.5 mais que dobrou em relação ao mês anterior, quando chegou a 7,5% das amostras em um período de duas semanas até 8 de julho.

No Reino Unido, a Éris também aumentou sua incidência com uma prevalência estimada de 14,55% dos casos, até dia 20 de julho, de acordo com o relatório mais recente da UK Health Security Agency. Também foi a variante que mais registrou índice de crescimento no país, com 45,65%.

Especialistas, no entanto, avisam que não há motivo para alarde. Por ser mais uma subvariante da ômicron, dificilmente causará um novo surto da doença e não há indícios de que esteja causando efeitos mais graves do que outras variantes circulantes. “Não sabemos exatamente que vantagem ela tem, mas está ocorrendo o aumento de casos atribuídos a essa variante”, disse Shishi Luo, diretora de bioinformática e doenças infecciosas da Helix, empresa americana que rastreia variantes do SARS-CoV-2 nos EUA.

Segundo a pesquisadora, tudo indica que a EG.5 tem uma mutação em seu gene spike que pode aumentar moderadamente a fuga imune, mas ao mesmo tempo pode diminuir sua afinidade de ligação com as células e, portanto, a possibilidade de infecção. “Mas é um bom lembrete de que ainda não temos a infraestrutura necessária para fazer esse tipo de vigilância”, completou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou a EG.5 como uma variante de monitoramento – classificação inferior à categoria de “variante de interesse” – observada pela primeira vez em fevereiro de 2023, com notificações de casos em 51 países, incluindo China, República da Coreia, Japão, Canadá, Austrália, Cingapura, França, Portugal e Espanha, além de Reino Unido e EUA, mas que representa um risco baixo para a saúde pública, sem evidências de que cause quadros mais graves.

Continua após a publicidade

“A EG.5.1 foi designada como uma variante em 31 de julho de 2023 devido ao crescimento contínuo internacionalmente e à presença no Reino Unido, permitindo-nos monitorá-lo por meio de nossos processos de vigilância de rotina”, disse Meera Chand, vice-diretora da agência, que acrescentou que “não era inesperado ver novas variantes surgirem”.

Atualmente, a entidade não lista nenhuma “variante de preocupação”. “A EG.5 é uma linhagem ômicron e especificamente uma sublinhagem de XBB.1.9.2. As vacinas já têm como alvo as cepas XBB do vírus”, explicou Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para Covid-19.

Segundo UKHSA, a vacinação continua sendo a “melhor defesa contra futuras ondas de Covid-19 e, por isso, ainda é importante que as pessoas tomem todas as doses para as quais são elegíveis o mais rápido possível”. Especialistas também continuam recomendando a higiene regular das mãos e evitar contato com pessoas que apresentarem sintomas respiratórios. “Embora o verão não seja ligado a doenças respiratórias e as pessoas pensem que a pandemia ficou para trás, acredito que ainda temos que estar preparados para um aumento de casos”, disse Shishi.

O “apelido” Éris da nova subvariante foi dado pelo biólogo canadense T. Ryan Gregory, por meio de uma postagem no X (antigo Twitter), mesmo nome de um planeta anão do sistema solar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.