Remédio da Pfizer para Covid tem parecer favorável para oferta no SUS
Avaliação da Conitec foi apresentada em reunião e consulta pública será aberta para recebimento de contribuições

O medicamento contra a Covid-19 Paxlovid, da farmacêutica Pfizer, recebeu o parecer inicial favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para incorporação no SUS em reunião realizada nesta terça-feira, 12. O próximo passo será a realização de uma consulta pública, rito que faz parte do processo, que terá a abertura publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Segundo o Ministério da Saúde, a consulta pública ficará aberta pelo prazo emergencial de dez dias. O antiviral oral é indicado para o tratamento de pacientes com a doença que têm alto risco de evoluir para casos graves da doença e deve ser tomado no início da infecção. Estudos realizados pela farmacêutica apontaram que o remédio é capaz de reduzir os riscos de internação e morte em 89%.
O Paxlovid, que já é usado em outros países, recebeu autorização de uso emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no mês passado.
No fim de janeiro, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, autorizou o uso emergencial da pílula. Alguns dias depois, o Reino Unido adotou a medicação. Pesquisas apontaram que o antiviral também é eficaz para a variante de preocupação ômicron.
Os ensaios clínicos com o Paxlovid contou com participantes da Europa, África, Ásia e das Américas Norte e Sul, inclusive o Brasil. Aqui no país, 29 centros de pesquisa participaram de um pacote de estudos com o antiviral.
Se aprovado, o remédio será o segundo a ser incorporado pelo SUS. No início deste mês, Ministério da Saúde aprovou a incorporação do baricitinibe para Covid-19. A droga é indicada para adultos hospitalizados que precisam de oxigênio por máscara ou cateter nasal e casos de necessidade de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva. Estudos com 2,5 mil participantes, duplo-cegos, randomizados e controlados por placebo, apontaram que o baricitinibe demonstrou potencial para reduzir a mortalidade no 28° dia do tratamento em 38%.