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Queimadas: Ministério da Saúde recomenda distribuição de água e pontos de nebulização

Em coletiva, Nísia Trindade destacou o risco de aumento de doenças cardiovasculares e respiratórias para populações mais vulneráveis, como idosos e crianças

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 set 2024, 22h58 - Publicado em 11 set 2024, 16h56
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  • Queimada em área de cerrado em Goiás: extremo climático recorde
    CUIDADOS: Brigadistas florestais terão a saúde monitorada (Fernando Tatagiba/ICMBio/Divulgação)

    Diante das queimadas que afetam 60% do território brasileiro, a ministra da Saúde Nísia Trindade anunciou em coletiva nesta quarta-feira, 11, as novas recomendações da pasta para evitar impactos para a saúde da população desencadeados pela fumaça e fuligem, como problemas cardiovasculares e respiratórios. Para locais mais afetados, a orientação é de fazer a distribuição de água e montar pontos de hidratação e nebulização, inclusive em tendas, como as utilizadas durante o pico da epidemia de dengue.

    Segundo Nísia, o país enfrenta duas situações ligadas à crise climática — e também ações criminosas — que impactam a saúde da população: a seca e as queimadas. No caso dos incêndios, a exposição às partículas pode ser perigosa para pessoas que vivem em regiões próximas aos focos, principalmente as populações mais vulneráveis, como crianças, idosos e pacientes com doenças crônicas.

    Foi demonstrada ainda preocupação com quem está atuando na linha de frente contra as chamas. “Sabemos que há efeitos sensíveis em curto e longo prazo. Há um aumento do risco de problemas cardiovasculares e respiratórios, os mais agudos neste processo, e, em locais perto das queimadas, o risco de intoxicação pela fumaça. Por isso, também vamos fazer monitoramento da saúde dos brigadistas florestais.”

    Distribuição de água e pontos de nebulização

    Para os estados e municípios mais atingidos, a ministra disse que a recomendação é reforçar o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que costumam receber as pessoas com sintomas relacionados à exposição à fumaça — como desconforto respiratório, náuseas e vômitos –, além de dar suporte para hidratação.

    “Nas áreas atingidas por fumaça, com o comprometimento da qualidade do ar, como vimos em São Paulo, que aparece com a pior qualidade do ar durante três dias, as orientações aos gestores de saúde são monitorar a qualidade do ar, umidade e temperatura, ter pontos de distribuição de água e oferta adequada de pontos de hidratação e nebulização, como as tendas que tivemos experiência durante a epidemia de dengue.”

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    As tendas para hidratação com soro e inalação, no entanto, podem entrar em atividade caso ocorra o agravamento da situação. De acordo com Adriano Massuda, secretário de Atenção Especializada do ministério, a primeira etapa será de orientação aos estados e municípios com visitas da Força Nacional do Sistema Único de Saúde  (SUS). As tendas viriam em um segundo nível e o plano prevê medidas para situações extremas. “Em um eventual colapso da rede, podemos ter a utilização de estruturas maiores, com hospitais de campanha.”

    Na capital paulista, a prefeitura anunciou nesta tarde a criação de um comitê de crise e que vai liberar uma verba extraordinária de R$ 5 milhões para reforçar o atendimento nas dez tendas da Operação Altas Temperaturas.

    Disse ainda que vai aumentar os estoques de soro fisiológico em unidades de saúde e que vai fazer a “compra de umidificadores de ar para as escolas localizadas em bairros com menor índice de umidade do ar. Serão providenciados aparelhos para as regiões da Freguesia do Ó, Brasilândia, Casa Verde, Cachoeirinha, Vila Medeiros, São Lucas, Sapopemba, São Rafael, M’Boi Mirim e Jardim Ângela”.

    Náuseas e vômitos são principais sintomas

    A exposição à fumaça pode causar reações alérgicas, irritações nos olhos, enjoo e mal-estar. A avaliação dos sintomas mais relatados diante do espalhamento das queimadas e das regiões impactadas pela seca mostrou que náuseas e vômitos são as principais queixas e o que tem levado a população a buscar atendimento médico.

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    “Em Goiás, houve um aumento de 46% de queixas de náuseas. No Mato Grosso, foi de 58%, e o número dobrou no Distrito Federal. Em Tocantins, o aumento foi de 190%”, disse Felipe Proenço, secretário de Atenção Primária à Saúde.

    Veja as recomendações para se proteger da fumaça

    Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, devem:  

    Fonte: Ministério da Saúde

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