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Por que malhar muito emagrece menos do que você imagina?

Estudo indica que a compensação de energia feita naturalmente pelo corpo pode prejudicar a queima de calorias durante a atividade física

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 set 2021, 17h16

Um novo estudo sobre como o exercício físico impacta o metabolismo dos seres humanos, publicado na revista científica Current Biology, indica que o corpo recupera, naturalmente, ao menos 28% das calorias gastas no treino. Isso significa que no fim do exercício, a quantidade de calorias perdidas pode ser menor do que a esperada, o que, por sua vez, impacta na perda de peso.

Isso se deve a um fenômeno chamado “resposta compensatória em gastos de energia sem atividade”, dizem os pesquisadores. “Esta sugestão tem implicações profundas para a evolução do metabolismo e da saúde humana. Um aumento de longo prazo na atividade física não se traduz diretamente em um aumento no gasto energético total porque outros componentes do próprio gasto energético total podem diminuir a resposta”.

O grupo avaliou o metabolismo de 1.754 adultos, isso incluiu tanto o gasto de energia basal, que é o número de calorias queimadas simplesmente por estarmos vivos, mesmo que inativos e o gasto total de energia, que inclui  exercícios e outros movimentos, como ficar em pé, caminhar e se movimentar de maneira geral.

A expectativa era que pessoas que se movimentavam mais, gastassem mais calorias, de forma proporcional. Entretanto, os resultados sugerem que há um limite no gasto calórico atingido com a atividade física. A maioria das pessoas parecia estar queimando apenas 72% do que seria esperado pelo nível de atividade. Em pessoas com maior nível de gordura corporal, a compensação chegou a 50%.

A conclusão, sugere o estudo, é que as pessoas que compensam mais, são mais propensas a acumular gordura corporal e tem mais dificuldade em perder peso. “Determinar a causalidade da relação entre compensação energética e adiposidade será fundamental para melhorar as estratégias de saúde pública em relação à obesidade”, afirma o estudo, que não examinou a ingestão de alimentos. Entre 2017 e 2018, obesidade em adultos alcançou o índice de 42,4% nos Estados Unidos segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

 

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