Pfizer: ‘EUA não compraram todas as doses que serão produzidas em 2020’
Laboratório estima ter uma produção de pelo menos o dobro do lote adquirido pelo país e afirma estar em contato com outros governos, incluindo o do Brasil

Na reta final do desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus, a notícia de que os Estados Unidos teriam já reservado toda a produção do imunizante do laboratório Pfizer em parceria com a BioNtech soou como uma bomba. O governo americano desembolou 1,95 bilhão de dólares para comprar 100 milhões de doses do produto. O acordo firmado ainda prevê entrega de até cerca de 500 milhões de doses ao longo do próximo ano.
Em comunicado, a Pfizer afirmou que a capacidade do laboratório é de pelo menos o dobro em relação ao lote que será destinado aos Estados Unidos. “O governo americano não comprou todas as doses que serão produzidas em 2020. O acordo estabelecido prevê uma compra inicial de 100 milhões de doses, seguida por uma compra de 500 milhões de unidades, com entregas a serem realizadas ao longo de 2020/2021. A Pfizer estima ter uma produção de 1.3 bilhão de doses entre 2020 e 2021. A companhia está em contato com os governos de todo o mundo, incluindo o Brasil, para disponibilizar sua futura vacina à população”, diz a nota da empresa.
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A vacina da Pfizer ainda não está em fase 3 de estudos, a última etapa de pesquisa. Há pelo menos dois imunizantes em estágio mais adiantada e o Brasil encontra-se em uma posição privilegiada para o acesso a eles. Além de participar dos estudos, o país fechou um acordo com a farmacêutica britânica Astrazeneca, responsável pela fabricação e distribuição da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, para garantir a compra de 30,4 milhões de doses, que deverão chegar entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, já prontas para serem aplicadas. Se a vacina tiver resultados positivos e obtiver o registro no Brasil, serão produzidas mais 70 milhões de doses.
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De acordo com o Ministério da Saúde, assim que a vacina contra o coronavírus estiver aprovada, as doses iniciais serão destinadas a “públicos mais vulneráveis” como idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, professores, profissionais de segurança, indígenas, motoristas de transporte público e pessoas privadas de liberdade. A definição exata de quem poderá receber a vacina,
O país também já fechou acordo para transferência de tecnologia da vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. O Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina, com capacidade de até 100 milhões de doses. Além disso, o acordo prevê que o Brasil receber 120 milhões de doses fabricada na China, onde a produção já começou.
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