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Pessoas que dormem tarde têm maior chance de ter diabetes e infarto

Os "noturnos" demonstraram resistência à insulina, essencial no metabolismo

Por Diego Alejandro
22 set 2022, 17h08

O brasileiro não tem uma boa relação com o travesseiro. Estamos entre os três países que menos dormem no planeta, sendo o campeão absoluto entre os ocidentais, de acordo com a Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. As causas ainda estão para ser determinadas, mas as consequências são cada vez mais exploradas.

Dessa vez, uma pesquisa publicada na Experimental Physiology revelou que nossos padrões e ciclos de sono podem influenciar o  risco de doenças, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

Os pesquisadores da Rutgers University, em Nova Jersey, descobriram que aqueles que ficam acordados até mais tarde têm uma capacidade reduzida de usar gordura como energia, o que significa que as gorduras podem se acumular no corpo. As diferenças metabólicas estão relacionadas com o quão bem cada grupo pode usar insulina para promover a captação de glicose pelas células para armazenamento e uso de energia. 

As pessoas “matutinas”, dependem mais da gordura como fonte de energia e são mais ativas durante o dia com níveis mais altos de condicionamento aeróbico do que as “noturnas”. Já os que passam a madrugada em claro usam menos gordura para energia em repouso e durante o exercício.

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Para os testes, os participantes foram divididos em dois grupos (matutinos e noturnos) com base em seu “cronotipo” – nossa propensão natural a buscar atividade e dormir em momentos diferentes. Eles usaram imagens avançadas para avaliar a massa corporal e a composição corporal, bem como a sensibilidade à insulina e amostras de respiração para medir o metabolismo de gorduras e carboidratos.

Por uma semana, os participantes foram monitorados, para avaliar seus padrões de atividade ao longo do dia. Eles comeram uma dieta controlada de calorias e nutrição e tiveram que jejuar durante a noite para minimizar o impacto da dieta nos resultados. 

Porém, eles diferiram de um grupo para o outro. Os “noturnos” demonstraram resistência à insulina, essencial no metabolismo. Sem ela, a glicemia não é reduzida, pois a glicose não entra na célula. A causa para essa mudança na preferência metabólica entre os dois grupos ainda não foi esclarecida.

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“Essa observação permite avançar nossa compreensão de como os ritmos circadianos (suas funções ao longo de um dia) do nosso corpo afetam nossa saúde. Como o cronotipo parece afetar nosso metabolismo e ação hormonal, sugerimos que o cronotipo possa ser usado como um fator para prever o risco de doença de um indivíduo”, explica o autor da pesquisa e professor da Rutgers University, Steven Malin.

“Mais pesquisas são necessárias para examinar a ligação entre cronotipo, exercício e adaptação metabólica para identificar se o exercício no início do dia traz maiores benefícios à saúde”.

Segundo um levantamento realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 76% dos brasileiros têm pelo menos uma queixa relacionada à qualidade do sono.

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