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Pandemia da covid-19 aumentou número de mulheres com depressão pós-parto

Estudo da Fiocruz mostra que número de puérperas com sintomas do transtorno cresceu de 14% para 31% no período da crise sanitária

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 Maio 2024, 09h16 - Publicado em 16 Maio 2024, 08h56
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  • Um novo estudo, realizado pela Fiocruz e recentemente publicado no jornal científico Brazilian Journal of Psychiatry, mostrou que o número de mulheres com sintomas de depressão pós-parto no mundo aumentou de 14% para 31% durante a pandemia da covid-19.

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    Segundo a pesquisa, que contou com 4.788 puérperas, a alta prevalência de sintomas deste transtorno neste período pode ter diversas causas: a ação direta do vírus sobre o sistema nervoso central, as experiências traumáticas associadas à infecção ou morte de pessoas próximas, o estresse pela mudança de rotina devido às medidas de distanciamento social ou de mudança na situação econômica, rotina de trabalho ou relacionamentos afetivos.

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    Outra causa apontada pelo estudo é a interrupção da assistência à saúde para diversas doenças crônicas, já que naquele momento, enfrentar o vírus SARS-CoV-2 era prioridade absoluta. “As mulheres, por conta da covid-19, ficaram em isolamento social e houve uma diminuição da rede de apoio, o que pode justificar a possibilidade de aumento de transtornos mentais desse tipo”, disse Marina Vilarim, idealizadora da pesquisa e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

    Sintomas globais

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    O trabalho também apontou que o grau de sintomas não deferiu muito em mulheres de países de alta renda (30,5%) e de baixa e média renda (31,5%). Antes da crise sanitária, no entanto, o percentual de mulheres com esses sintomas em países de alta renda era de 12% e em países de baixa e média renda era de 15%.

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    “Partimos da hipótese de que teríamos mais casos de sintomas de depressão pós-parto em países de baixa e média renda seguindo o padrão de antes da pandemia. O que esta revisão mostrou é que a prevalência foi semelhante entre os países. Isso foi um achado. Parece que a pandemia “democratizou” os sintomas depressivos”, explica Marina, que acrescenta. “Mesmo nos países de alta renda, que normalmente têm mais ações de saúde, as inseguranças e incertezas foram muito grandes nesse período. As mulheres estavam passando por angústias semelhantes, independentemente dos países em que viviam”.

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    Futuro?

    Ao fazer uma avaliação da prevalência de sintomas de depressão pós-parto em países de alta renda e de baixa e média renda, o estudo sugere caminhos para o enfrentamento de epidemias futuras, considerando as variantes do sistema de saúde. “Se não pensarmos nas mazelas trazidas por diferentes doenças, nesse caso a covid-19, não conseguiremos nos reorganizar para as questões de saúde pública que ainda irão acontecer, fortalecer os sistemas de saúde e minimizar os impactos de outras desordens de saúde pública que possam vir a acontecer”, afirma a pesquisadora da Fiocruz, Daniele Marano, que orientou o trabalho realizado com apoio do Programa de Incentivo à Pesquisa (PIP) da Libbs Farmacêutica.

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