Oxford: Fiocruz recebe bancos de células e de vírus para o IFA nacional
Os dois itens compõem a base para a produção da matéria-prima no Brasil
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu nesta quarta-feira, 2, os bancos de células e de vírus para a produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria-prima, nacional da vacina contra a Covid-19 Oxford/AstraZeneca.
De acordo com a Fiocruz, o material é considerado o “coração” da tecnologia. Ele chega ao país no dia seguinte à assinatura do contrato de transferência de tecnologia, que ocorreu na tarde de terça-feira, 1º.
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O banco de células foi enviado em nitrogênio líquido, mantidos a uma temperatura de aproximadamente a 150 graus negativos, e o banco de vírus em gelo seco, a cerca de 80 graus negativos. Os dois itens compõem a base para a produção do IFA. Há a previsão de ao menos outra entrega do tipo seja enviada ao centro de referência em imunizantes. Os bancos de células e de vírus também poderão ser produzidos pela Fiocruz futuramente. “Vamos avaliar se vale a pena ou não”, disse o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma,
Informações anteriores, presentes em cronogramas do Ministério da Saúde, apontam que a produção de vacinas com matéria-prima brasileira totalizariam 110 milhões de doses até o final de 2021. As entregas se dariam totalmente ao longo do último trimestre, conforme planejamento divulgado em 26 de maio. Os mais recentes comunicados da Fiocruz, porém, não traziam este número em específico.
Ao longo de entrevista coletiva, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, afirmou que o volume de 110 milhões de doses foram “estimativas”. E que haverá, na realidade, um esforço para entregar 100 milhões de doses no segundo semestre (um valor ligeiramente menor) e que metade desse quantitativo será preparado com IFA importado.