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Os 10 alimentos ultraprocessados que aumentam em 60% o risco de morte

Mais de quatro porções por dia de alimentos, como sorvete, salsicha e bacon aumentam o risco de morte por derrame, infarto e morte prematura

Por Redação
Atualizado em 31 Maio 2019, 17h04 - Publicado em 31 Maio 2019, 17h00

Quem não gosta de chocolate, sorvete, refrigerante e cereal matinal? Esses deliciosos alimentos podem aumentar o risco de morte prematura, é o que indica dois estudos recentes. As descobertas reforçam evidências divulgadas anteriormente sobre como os alimentos ultraprocessados podem estar associados a uma série de problemas de saúde, como câncer,  obesidade e hipertensão. 

O primeiro estudo, realizado na Espanha, revelou que pessoas que consomem mais de quatro porções por dia de alimentos industrializados, como salsicha, bacon e comida pronta, por exemplo, apresentam um risco 62% maior de morrer se comparado a quem come menos de duas porções por dia. Além disso, para cada refeição adicional de ultraprocessados o risco de morte aumenta em 18%. Já o segundo estudo, feito por pesquisadores franceses, apontou que pessoas que comem estes alimentos estão mais propensos a sofrer acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e outros problemas cardiovasculares.

Por causa disso, especialistas ressaltam a necessidade de orientar a população sobre os riscos da alimentação baseada em ultraprocessados. “Os governos devem fazer mais para reduzir de forma abrangente a disponibilidade, acessibilidade e apelo de alimentos processados, que são ricos em gorduras, açúcares e sal”, comentou Corinna Hawkes, da City University London, na Inglaterra, no Reino Unido, ao The Guardian

Estudo francês

Para chegar a esta conclusão, a equipe da Universidade de Paris, na França, reuniu detalhes sobre as dietas e a saúde de mais de 105.000 pessoas. Depois de acompanhá-las por mais de cinco anos, os pesquisadores perceberam que os participantes que  que consumiram os alimentos ultraprocessados estavam em maior risco de doenças cardiovasculares. As observações mostraram também que se o nível de consumo cresceu ao longo do estudo, por exemplo de 10% para 20%, o risco de desenvolver esses problemas doenças aumentou 12%.

A pesquisa, publicada no British Medical Journal , destacou que a descoberta não prova que esses alimentos são a causa direta dessas doenças uma vez que os resultados encontrados sugerem que 277 casos de doenças cardiovasculares surgiriam a cada ano em 100.000 consumidores de alimentos ultraprocessados, contra 242 casos no mesmo número de indivíduos cujo consumo era menor. 

Apesar disso, os cientistas ressaltaram que há evidências suficientes para que autoridades de saúde pública alertem a população para os riscos. “O público deve evitar esses alimentos o máximo possível. Precisamos voltar a dietas mais básicas”, Mathilde Touvier, co-autora do estudo, ao The Guardian.

Estudo espanhol

Já na Espanha, a equipe da Universidade de Navarra, ​​monitorou os hábitos alimentares e a saúde de quase 20.000 pessoas entre 1999 a 2014. Ao longo do estudo, 335 participantes morreram. Após excluir efeitos causados por fatores como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC) e tabagismo, os pesquisadores notaram que os riscos permaneciam altos para quem consumia mais de quatro porções por dia de alimentos ultraprocessados, o risco de morte, por exemplo, aumentou em 18%. 

De acordo com a equipe, o fato de a taxa de mortalidade elevar em decorrência do aumento do consumo é um forte indicativo de que os ultraprocessados ​​são os responsáveis por esse resultado. Apesar disso, os pesquisadores não conseguiram determinar de que forma esses alimentos podem prejudicar a saúde. O estudo também foi publicado no BMJ. 

Alimentos ultraprocessados

Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passaram por maior processamento industrial, no qual são adicionados outros ingredientes, como conservantes, edulcorantes ou intensificadores de cor. “Dizemos que se um produto contém mais de cinco ingredientes, provavelmente é considerado ultraprocessado”, explicou Maira Bes-Rastrollo, da Universidade de Navarra, na Espanha, à BBC News.

Veja a lista:

  1. Carne processada, como salsicha, bacon e hambúrgeres;
  2. Barras de cereal ou cereal matinal;
  3. Refeições prontas, como lasanha e pizza;
  4. Sopas instantâneas;
  5. Sorvete;
  6. Chocolate;
  7. Pão produzido em larga escola, como o de forma ou sovado;
  8. shakes para substituir refeições;
  9. bebidas açúcaradas, como sucos de caixa e refrigerantes; e
  10. Bolo.

Por esse motivo, especialista ressaltam a necessidade de conscientizar a população a respeito dos riscos. “O aconselhamento dietético é relativamente simples: comer menos alimentos ultraprocessados ​​e mais alimentos não processados ​​ou minimamente processados”, concluiu Mark Lawrence e Phillip Baker, da Universidade Deakin, na Austrália, em comunicado

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