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OMS valida eliminação da filariose no Brasil como problema de saúde pública

Conhecida como elefantíase, doença é causada por mosquito e leva a inchaço anormal nos membros, seios e bolsa escrotal; país é o 20º a receber certificação

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 out 2024, 18h42
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  • IMPACTO: Segundo Ministério da Saúde, filariose é uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo
    IMPACTO: Segundo Ministério da Saúde, filariose é uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo (OPAS/OMS/Joshua E. Cogan/Divulgação)

    O Brasil se tornou o vigésimo país do mundo a receber a certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) por eliminação como problema de saúde pública da filariose linfática, também conhecida como elefantíase, doença parasitária causada por mosquitos que é responsável por inchaço anormal nos membros, seios e bolsa escrotal. A validação foi entregue na noite desta segunda-feira, 30, à ministra da Saúde Nísia Trindade pelo diretor da Organização Pan-Americana (Opas), Jarbas Barbosa.

    A elefantíase já estava no alvo do Ministério da Saúde como uma condição a ser erradicada por meio do programa Brasil Saudável, iniciativa que nasceu após a criação de uma força-tarefa interministerial para eliminar 14 doenças determinadas socialmente, entre elas: malária, hepatites, hanseníase, sífilis, tuberculose e HIV.

    “Eliminar uma doença é uma conquista importante que exige um compromisso inabalável”, disse, em comunicado, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Parabenizo o Brasil por seus esforços para libertar seu povo do flagelo desta doença dolorosa, desfigurante, incapacitante e estigmatizante.” Ele disse ainda que a certificação “dá esperança a muitas outras nações que ainda lutam contra a filariose linfática de que elas também podem eliminar esta doença.”

    O país iniciou o processo para combater a doença em 1997, quando um trabalho de vigilância, controle do mosquito Culex quiquefasciatus — o pernilongo comum ou muriçoca — e distribuição em massa de antiparasitários em áreas com ocorrência de casos. O fim da transmissão da doença ocorreu dez anos depois, em 2017.

    Com a certificação, o Brasil entra para a lista com outros 19 países e territórios que receberam a validação da OMS, incluindo Egito, Iêmen, Malawi, Maldivas, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã. Também passou a integrar os 53 países que erradicaram ao menos uma Doença Tropical Negligenciada.

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    “Este marco é o resultado de anos de dedicação, trabalho duro e colaboração entre profissionais de saúde, pesquisadores e autoridades no Brasil”, declarou Barbosa.

    A ministra da Saúde também celebrou a certificação e relembrou os esforços dos profissionais que trabalharam pela erradicação da doença. ““Essa questão nos emociona para além do orgulho como país. Nos emociona pelo sofrimento que a doença causou a tantas pessoas no mundo e em nosso país em particular. Quero fazer uma homenagem a gerações de sanitaristas que se dedicaram a isso.”

    Segundo a OMS, República Dominicana, Guiana e Haiti são os três países das Américas que ainda têm transmissão da doença e que realizam a administração em massa de medicamentos para tentar alcançar a eliminação da elefantíase.

    Entenda a filariose

    Mais conhecida como elefantíase, a filariose linfática é uma doença crônica transmitida por mosquitos infectados pelo verme Wuchereria Bancrofti. Os pacientes apresentam um acúmulo anormal de líquido principalmente nos membros, mas podem ter edemas nos seios e na bolsa escrotal.

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    Segundo o Ministério da Saúde, a condição é “considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo”.
    De forma geral, a infecção ocorre na infância e vai causando danos no sistema linfático até se manifestar.

    O diagnóstico é feito por meio de testes laboratoriais, como exame direto em lâmina, hemoscopia positiva e ultrassonografia. Este último é capaz de apontar a presença de filarias nos canais linfáticos.

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