A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quinta-feira a tomada de medidas drásticas na luta contra a epidemia do ebola na África Ocidental, a mais grave já registrada, e anunciou a realização de uma reunião em julho com os ministros da Saúde dos países afetados e outras nações próximas.
O número de casos de contágio pelo vírus e mortes em decorrência dele continuam aumentando na Guiné, Libéria e Serra Leoa. “A OMS está muito preocupada com o contágio da epidemia nos países vizinhos, e pelo potencial perigo de propagação internacional”, declarou Luis Sambo, diretor regional da OMS para a África. A doença causa hemorragia severa e pode matar até 90% dos infectados. Ela é transmitida por contato direto com o sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infectados.
Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, desde março deste ano, os três países somam 635 casos de febre hemorrágica, com mais de 300 mortes. Guiné, o mais afetado, contabiliza 396 casos e 280 mortes, seguido de Serra Leoa, com 176 casos, sendo 46 fatais, e, por fim, a Libéria, com 63 casos e 41 falecimentos.
De acordo com a OMS, a atual epidemia de ebola é a mais grave da história, não apenas pelo número de casos e de mortes, mas também por sua propagação geográfica. Ante este desafio, a entidade convocou para os dias 2 e 3 de julho uma reunião em Acra, Gana, com os ministros da Saúde dos 11 países envolvidos e diferentes sócios da organização que lutam contra o Ebola.
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(Com Agência France-Presse)