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OMS não recomenda vacinação em massa para varíola dos macacos

Entidade informou que recursos são escassos e foco deve ser em compreensão dos surtos em andamento

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h18 - Publicado em 1 jun 2022, 20h40

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou em coletiva nesta quarta-feira, 1°, que não recomenda que os países façam a vacinação em massa contra a varíola dos macacos (monkeypox, em inglês), zoonose viral capaz de infectar humanos, que está em surto na Europa e na América do Norte. Segundo a OMS, o foco deve ser na contenção da doença, até porque há escassez de doses.

“A OMS não recomenda vacinação em massa. Não há necessidade, (porque) nós estamos falando sobre um surto que é descrito em uma comunidade específica”, explicou Rosamund Lewis, líder técnica para monkeypox da entidade. “Neste momento, a OMS e seus membros estão focados em evitar que o vírus se espalhe, investigar os surtos e isolar os pacientes infectados.”

Análises preliminares sobre os primeiros casos demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

Rosamund disse que tanto a OMS quanto alguns países têm reservas da vacina contra a varíola, doença que causou a morte de mais de 300 milhões de pessoas entre 1900 e 1980, ano em que foi erradicada. No entanto, os suprimentos são limitados. “A OMS tem conversado com a indústria e o setor comercial para ver o que podemos fazer para ter acesso aos produtos.” Um comitê de vacinação da entidade tem realizado reuniões para debater medidas para a proteção de grupos expostos, como profissionais de saúde.

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A especialista da OMS informou ainda que há 550 casos confirmados em 30 países e que a presença do vírus em vários países ao mesmo tempo sugere que ele poderia estar circulando de forma indetectável por um período. “Nós não sabemos por quanto tempo, quantas semanas ou meses. Estamos vendo um surto, estamos vendo casos onde não tínhamos antes. Pessoas que foram infectadas e transmitiram antes de terem a oportunidade de serem diagnosticadas.”

Neste domingo, 29, o balanço da OMS indicava 257 casos da doença confirmados em 23 países não endêmicos. Ainda segundo o levantamento, as notificações são de pessoas que não viajaram para a África central e ocidental, onde a infecção é endêmica. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, há três casos suspeitos em investigação nos estados de Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Sul.

Descoberta em 1958, a varíola dos macacos circula principalmente entre roedores e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados pelos roedores. Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. A doença é endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

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