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OMS confirma primeiro caso de poliomielite em Gaza em 25 anos

OMS, UNICEF e autoridades locais intensificam a vacinação para controlar e prevenir a disseminação do vírus; sistema de saúde na região foi colapsado em guerra

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 ago 2024, 16h43
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  • Crianças palestinas são vistas em meio às ruínas dos edifícios destruídos na cidade de Gaza por ataques israelenses durante os conflitos que assolaram o país
    Crianças palestinas são vistas em meio às ruínas dos edifícios destruídos na cidade de Gaza por ataques israelenses durante os conflitos que assolaram o país (Mahmud Hams/AFP)

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou o diagnóstico de poliomielite do tipo 2 em um bebê de 10 meses em Deir al-Balah, Gaza. Este é o primeiro caso registrado na região em 25 anos. A confirmação veio após a análise de amostras de fezes do bebê, coletadas e enviadas para um laboratório acreditado pela OMS.

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    O caso segue um alerta anterior da OMS sobre a presença do poliovírus em Gaza. Em junho de 2023, a OMS havia detectado o poliovírus tipo 2 (cVDPV2) em amostras ambientais de águas residuais coletadas na região, alvo do conflito entre Israel e o Hamas. O sequenciamento genético das amostras confirmou que o vírus encontrado no bebê está vinculado às amostras ambientais detectadas anteriormente.

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    Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, expressou sua profunda preocupação em relação ao caso em um post na rede social X, destacando a alta probabilidade de propagação do vírus na região. O bebê afetado apresentou paralisia na perna esquerda e está atualmente em condição estável.

    Contexto e desafios em Gaza

    Em resposta ao surto de poliomielite, a OMS, o Ministério da Saúde Palestino e a UNICEF estão coordenando uma campanha de vacinação urgente em Gaza. Duas rodadas de imunização contra a poliomielite estão programadas para o final de agosto e setembro de 2024, visando vacinar mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos.

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    Para garantir a eficácia da campanha, a OMS e a UNICEF solicitaram pausas humanitárias no conflito para permitir que as equipes de vacinação acessem as áreas afetadas e vacinem as crianças.

    Gaza enfrenta um contexto de crise extrema devido aos ataques contínuos de Israel e à destruição massiva de sua infraestrutura. A guerra, que começou em outubro do ano passado, causou a morte de centenas de pessoas e o colapso dos serviços básicos. A destruição das redes de saneamento e o deslocamento forçado da população criaram um ambiente propício para a propagação de doenças, incluindo a poliomielite.

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    A situação humanitária é agravada pela interrupção dos serviços de saúde e pela redução drástica na cobertura vacinal. A falta de acesso a cuidados médicos e a dificuldade em manter a vacinação em meio ao conflito aumentam o risco de surtos de doenças evitáveis. A carência de água potável e saneamento adequado, além da escassez de materiais médicos, contribui para o agravamento da situação e eleva a ameaça de outras doenças infecciosas, como sarampo e diarreia, especialmente entre as crianças.

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    Para enfrentar esse cenário, as autoridades e organizações internacionais estão mobilizando recursos e esforços para garantir a entrega das vacinas e melhorar as condições de saúde e saneamento em Gaza. A implementação bem-sucedida da campanha de vacinação é crucial para controlar a propagação do vírus e proteger a saúde pública na região.

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    Vacinação contra a Pólio no Brasil

    No Brasil, a vacinação contra a poliomielite é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é essencial para manter o país livre do vírus. A partir do segundo semestre deste ano, o esquema vacinal será atualizado, substituindo a vacina oral pela vacina inativada poliomielite (VIP) com o objetivo de melhorar a proteção e evitar a propagação do vírus. Até maio de 2024, a cobertura vacinal no Brasil está em 85,42%, com um aumento gradual nos últimos anos.

    A poliomielite continua sendo uma prioridade global de saúde pública. A erradicação completa da doença depende do sucesso contínuo das campanhas de vacinação e da rápida resposta a surtos em regiões afetadas.

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