O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou emergência nacional para impulsionar o combate à gripe H1N1, depois de o país registrar milhões de casos da doença e mais de 1.000 mortes, anunciou neste sábado a Casa Branca.
A declaração de emergência, assinada na noite de sexta-feira, aumenta a capacidade das instituições de saúde para administrar um pico de pacientes da gripe ao permitir que executem planos operacionais de emergência graças a isenções de requerimentos federais.
O documento assinado por Obama autoriza a secretária de Serviços de Saúde, Kathleen Sebelius, a ignorar regras federais para que funcionários da área atuem mais rápido. O objetivo é remover obstáculos burocráticos, o que deve incluir, segundo a imprensa americana, procedimentos de liberação de atendimento dos programas de saúde Medicare e Medicaid e regras de privacidade.
“Como nação, nos preparamos em todos os níveis de governo, e como indivíduos e comunidades, adotando medidas sem precedentes para combater a pandemia”, escreveu Obama na declaração.
Ele afirmou que a pandemia continua evoluindo, que os índices de ocorrência aumentam rapidamente em muitas regiões e que existe o perigo de “sobrecarga nos recursos de saúde”.
Falta vacina – Por causa de atrasos na produção da vacina, o governo reverteu previsões otimistas de que até 120 milhões de doses estariam disponíveis em meados de outubro. Na última quarta-feira, apenas 11 milhões de doses haviam sido enviadas às secretarias de saúde, consultórios e outros locais, de acordo com funcionários dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
O governo agora espera a distribuição de cerca de 50 milhões de doses da vacina contra a gripe A até meados de novembro e de 150 milhões até dezembro.
A gripe causada pelo vírus H1N1 está mais disseminada do que nunca nos EUA. Autoridades de saúde dizem que quase 100 crianças já morreram por causa da doença. E 46 dos 50 estados americanos têm o vírus amplamente disseminado.
No mundo, mais de 5.000 pessoas já morreram de gripe A, segundo a última estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgada na sexta-feira.