Cientistas da Faculdade de Medicina da Geórgia da Universidade Augusta, nos Estados Unidos, desenvolveram um spray nasal que demonstrou potencial para proteger os neurônios da doença de Alzheimer, principal causa de demência em idosos com idade mais avançada, e evitar as convulsões incapacitantes que podem ser desencadeadas pela doença. O estudo foi publicado na revista JCI Insight.
O grupo desenvolveu um peptídeo, que recebeu o nome de A1R-CT, capaz de aumentar um mecanismo natural do cérebro que previne esses episódios. Segundo os pesquisadores, o spray consegue conter um tipo de atividade elétrica descontrolada que afeta mais da metade dos pacientes diagnosticados com a demência.
A substância inibe uma proteína chamada neurabina e impede hiperexcitabilidade dos neurônios, que leva à interrupção da comunicação normal deles e causa convulsões. Assim, o spray também pode ser um meio de ser uma medicação de resgate para os quadros convulsivos, tendo em vista que 40% desses episódios não podem ser controladas por falta de terapias disponíveis.
Os cientistas observaram ainda uma redução expressiva na morte de neurônios no modelo de Alzheimer utilizado com o uso do composto. Eles estudam agora a definição da dose ideal da medicação e financiamento para ensaios clínicos.