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“O bom humor é contagiante e um antídoto para envelhecer”, diz cientista

O americano Daniel Levitin rebate a discriminação contra os idosos e esmiúça, em novo livro, as coordenadas para uma vida longa, ativa e feliz

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 abr 2024, 11h26 - Publicado em 20 abr 2024, 08h00

Em O Bom da Idade (Editora Objetiva), o senhor usa a neurociência para demolir crenças etaristas. Por que elas não param em pé? O etarismo, assim como o racismo ou o machismo, nunca pode ser justificado porque é uma tentativa de pré-categorizar as pessoas baseada num grupo, em vez de olhar para elas como indivíduos. Em qualquer agrupamento que você forme, em cima de qualificações superficiais ou demográficas, haverá gente boa e gente ruim, honesta e desonesta, competente e incompetente… Você pode dizer que estou louco, mas pense nas prisões, locais que, por definição, são destinados a pessoas más ou desonestas. Se olharmos para a história, veremos que muitos presos eram inocentes, injustamente condenados ou colocados nessa situação por razões políticas, como Nelson Mandela.

Mas não há o envelhecimento natural do corpo e do cérebro? Sim, mas muitos idosos têm um desempenho melhor que pessoas com a metade da sua idade. Pense em Jane Goodall (primatóloga americana, 90 anos), no dalai-­lama (líder religioso, 88 anos), em Jane Fonda (atriz americana, 86 anos), em Julia “Furacão” Hawkins (nadadora com 108 anos) ou no ex-secretário de Estado americano George Shultz — quando eu o entrevistei, ele tinha 97 anos e ainda estava empolgado.

Qual é o maior desafio para mudar a mentalidade e o estilo de vida em prol de um amadurecimento saudável? Os maiores desafios são a procrastinação, a complacência e a inércia. Por que eu deveria mudar agora, se as coisas estão indo bem, não? Não podemos nos acomodar. Outro problema é ficar pensando que o futuro será sempre melhor, que sempre teremos tempo para realizar as mudanças.

Por que o bom humor é crucial nessa história? Quando estamos de bom humor, uma série de reações positivas começam a acontecer. No nível cerebral, a liberação de substâncias como a serotonina estimula o corpo a turbinar a imunidade, regular o apetite e o metabolismo e a nos manter focados e produtivos. O bom humor também é contagiante, atraindo as pessoas e ajudando a construir nossas redes de suporte social. Rir, em particular, é algo que nos faz sentir bem e nos manter otimistas. E o otimismo é um poderoso antídoto para o envelhecimento.

Publicado em VEJA de 19 de abril de 2024, edição nº 2889

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