O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira, 6, que investiga sete casos suspeitos de varíola dos macacos (monkeypox, em inglês), zoonose viral capaz de infectar humanos e que está em surto na Europa e na América do Norte. Até o momento, nenhum caso foi confirmado no país.
De acordo com a pasta, os episódios em investigação foram notificados nos estados de Santa Catarina (1), Ceará (1), Mato Grosso do Sul (1), Rio Grande do Sul (1), Rondônia (2) e São Paulo (1). No último sábado, 4, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, utilizou as redes sociais para divulgar os dois novos registros em investigação em Rondônia. “O Governo Federal segue reforçando a política de testagem para que possamos otimizar a confirmação diagnóstica da doença”, publicou, na ocasião.
A doença tem se alastrado e, segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados 780 casos em 27 países não endêmicos para a doença. O levantamento, com dados de 13 de maio a 2 de junho e divulgado no último sábado, 4, informa que o risco global da doença é considerado moderado por ser a “primeira vez que muitos casos e aglomerados de varíola são relatados simultaneamente em países não endêmicos e endêmicos em áreas geográficas da OMS amplamente díspares”.
Análises preliminares sobre os primeiros casos do atual surto demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.
Descoberta em 1958, a varíola dos macacos circula principalmente entre roedores e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados pelos roedores. Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. A doença é endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.