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Novo teste consegue detectar Alzheimer até 3,5 anos antes de diagnóstico

Exame analisa processo que ocorre nas células sanguíneas de indivíduos com comprometimento cognitivo leve

Por Diego Alejandro
6 fev 2023, 15h13

Pesquisadores do King’s College London, no Reino Unido, divulgaram um teste baseado em sangue que pode prever o risco de desenvolver a doença de Alzheimer até 3,5 anos antes do diagnóstico clínico.

O estudo, publicado na revista científica Brain, sustenta a ideia de que os componentes do sangue humano podem modular a formação de novas células cerebrais, processo chamado neurogênese, que ocorre no hipocampo, a parte do cérebro envolvida no aprendizado e na memória. A maioria dos estudos se concentrou em estudar a neurogênese em seus estágios posteriores por meio de autópsias, mas a doença de Alzheimer afeta a formação de novas células durante os estágios iniciais da doença.

Para entender as mudanças iniciais, os pesquisadores coletaram amostras de sangue ao longo de vários anos de indivíduos com comprometimento cognitivo leve. Embora pessoas com esse problema nem sempre desenvolvam o Alzheimer, aqueles que apresentam a condição correm um risco maior do que a população em geral. Dos 56 participantes do estudo, 36 receberam o diagnóstico da doença.

As amostras coletadas ao longo dos anos dos pacientes que, posteriormente, desenvolveram a doença de Alzheimer tiveram uma diminuição no crescimento e divisão celular e um aumento na morte programada das células, a apoptose. No entanto, os pesquisadores observaram que a conversão de células cerebrais imaturas em neurônios do hipocampo aumentou.

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Quando a equipe de pesquisa usou apenas as amostras de sangue mais velhas, descobriram que as mudanças na neurogênese ocorreram 3,5 anos antes de um diagnóstico clínico.

Embora as razões subjacentes ao aumento da neurogênese permaneçam obscuras, os pesquisadores teorizam que aqueles que desenvolvem a doença de Alzheimer podem sofrer mecanismos de compensação precoce para a neurodegeneração.

“Agora é essencial validar essas descobertas em um grupo maior e mais diversificado de pessoas. Estamos entusiasmados com as possíveis aplicações do teste de sangue que usamos. Por exemplo, pode ajudar a estratificar indivíduos com problemas de memória para um ensaio clínico de drogas modificadoras da doença de Alzheimer”, disse o co-autor Hyunah Lee.

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