Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Novo modelo pode prever melhor o estágio da doença de Alzheimer

Pesquisadores holandeses desenvolvem ferramenta que personaliza previsões de declínio cognitivo para melhorar o cuidado dos pacientes

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 jul 2024, 15h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Amsterdã desenvolveram um modelo capaz de prever o declínio cognitivo em indivíduos com comprometimento cognitivo leve ou demência leve devido à doença de Alzheimer

    Publicidade

    Publicado na revista científica Neurology, o estudo utilizou dados de 961 participantes para criar previsões personalizadas, que podem futuramente ser incorporadas em um aplicativo para ajudar os médicos a oferecer tratamentos mais precisos e individualizados.

    O trabalho representa um passo significativo para aprimorar o cuidado e a previsão da progressão da doença de Alzheimer, que afeta cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil. 

    Publicidade

    Como o modelo foi desenvolvido

    Os pesquisadores recrutaram os participantes do Amsterdam Dementia Cohort, um grupo de estudo que acompanha pessoas com sintomas de Alzheimer ao longo do tempo. Entre eles, 310 tinham comprometimento cognitivo leve e 651 tinham demência leve. A idade média dos participantes era de 65 anos, e quase metade deles eram mulheres.

    Continua após a publicidade

    Para avaliar os participantes, os especialistas usaram o Mini-Mental State Examination (MMSE), um teste curto e usado em consultório que mede a capacidade cognitiva geral das pessoas, como memória e habilidades de pensamento.

    A pontuação máxima nesse teste é 30, e pontuações mais baixas indicam maior comprometimento cognitivo. Durante o estudo, as pontuações do MMSE de todos os participantes diminuíram, refletindo um declínio nas habilidades cerebrais. Para aqueles com comprometimento cognitivo, as pontuações caíram de uma média de 26,4 no início para 21 após cinco anos. Já os participantes com demência leve apresentaram uma queda mais acentuada, de uma média de 22,4 para 7,8 no mesmo período.

    Publicidade

    Utilizando esses resultados, juntamente com exames de imagem cerebral e outras análises laboratoriais, os pesquisadores criaram um modelo estatístico que prevê como as pontuações do MMSE mudarão ao longo do tempo para cada indivíduo. Esse modelo permite prever a progressão do declínio cognitivo de maneira personalizada, proporcionando uma ferramenta valiosa para o manejo clínico da doença.

    Continua após a publicidade

    Importância para pacientes e cuidadores

    Os autores do estudo destacam que o modelo pode um dia ser usado para adaptar o cuidado de pacientes com Alzheimer, pois oferece uma primeira tentativa de prever os sintomas que poderão ser sentidos pelos pacientes, o que proporcionaria uma previsão do declínio cognitivo de maneira individualizada.

    Publicidade

    Os especialistas também argumentam que  prever como os sintomas de comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer precoce podem mudar ao longo do tempo é vital para que as pessoas com demência e seus cuidadores possam se preparar para o futuro, levando a um melhor cuidado.

    Desenvolvimentos futuros e aplicação clínica

    Os cientistas já desenvolveram um protótipo de aplicativo para médicos, que inclui uma folha de comunicação destinada a compartilhar previsões com pacientes e cuidadores, além de fornecer informações sobre a doença, diagnóstico e prognóstico. Segundo os autores, as previsões também podem ser usadas por um clínico para discutir com o paciente o potencial efeito de um tratamento.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Embora ainda seja um modelo inicial, este avanço estabelece as bases para ferramentas prognósticas que não apenas fornecerão uma visão do que pode ser esperado ao longo da jornada da doença, mas também como alterar esse curso abordando diversos fatores de risco modificáveis, visando melhorar a saúde e a função cognitiva por mais tempo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.