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FDA aprova novo e promissor tratamento para Alzheimer

Injeção reduz as placas amiloides, associadas à doença, em pacientes com quadros leves de demência e comprometimento cognitivo

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jul 2024, 15h23 - Publicado em 3 jul 2024, 12h15

A agência reguladora Food and Drugs Administration (FDA) aprovou nesta terça-feira 2, um novo tratamento para Alzheimer em adultos com sintomas precoces, ou seja, que apresentam comprometimento cognitivo leve e estágio leve de demência. Trata-se da Kisunla (donanemab-azbt), injeção administrada mensalmente, como uma terapia de direcionamento e eliminação das placas amiloides, depósitos de fragmentos de proteínas chamadas beta-amiloides, tóxicas para os neurônios e suas sinapses, e diretamente associada à doença.

“Kisunla demonstrou resultados muito significativos para pessoas com doença de Alzheimer sintomática precoce, que precisam urgentemente de opções de tratamento eficazes. Sabemos que esses medicamentos têm o maior benefício potencial quando as pessoas são tratadas mais cedo em sua doença, e estamos trabalhando em parceria com outros para melhorar a detecção e o diagnóstico”, disse Ana White, vice-presidente executiva e presidente da Lilly Neuroscience, Eli Lilly, farmacêutica que fabrica o remédio.

Mais de 80%

Analisados ao longo de 18 meses em um estudo de fase 3, 1.736 participantes foram analisados em dois grupos: o primeiro com pessoas com níveis baixos a médios de proteína tau (de quadros leves) e o segundo com pessoas com altos níveis de tau. O tratamento com Kisunla retardou significativamente o declínio clínico em ambos os grupos, porém foi mais eficaz em pessoas que estavam menos avançadas na doença, ajudando o corpo a remover o acúmulo excessivo de placas amiloides e retardar o declínio que pode diminuir a capacidade de memória.

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Segundo os resultados, os indivíduos menos avançados na doença mostraram uma desaceleração significativa do declínio de 35% em comparação com o placebo na Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer integrada (iADRS), que mede a memória, o pensamento e o funcionamento diário. No tratamento, os voluntários tratados com o fármaco tiveram um risco até 39% menor de progredir para o próximo estágio clínico da doença do que aqueles que tomaram placebo e uma redução de 61% de placas amiloides em 6 meses, 80% em 12 meses e 84% em 18 meses.

“Esta aprovação marca outro passo à frente na evolução do padrão de tratamento para pessoas que vivem com a doença de Alzheimer, que, em última análise, incluirá um arsenal de novos tratamentos, fornecendo esperança muito necessária à comunidade de Alzheimer”, afirmou o médico Howard Fillit, cofundador e diretor científico da Alzheimer’s Drug Discovery Foundation (ADDF). “Diagnosticar e tratar o Alzheimer mais cedo do que fazemos hoje tem o potencial de desacelerar significativamente a progressão da doença, dando aos pacientes um tempo inestimável para manter sua independência por mais tempo.”

Em efeitos adversos, o Kisunla pode causar anormalidades de imagem relacionadas a amiloide (ARIA), que geralmente não causa sintomas, dores de cabeça e certos tipos de reações alérgicas.

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