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Como age o anticoncepcional “mais natural” que reduz o risco de trombose?

Comercializado em vários países, medicamento foi aprovado pela Anvisa e deve chegar ao mercado nacional em 2024

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 abr 2023, 18h33 - Publicado em 4 abr 2023, 18h23

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo anticoncepcional, que pode reduzir o risco de tromboembolismo venoso, quando um coágulo se forma na circulação sanguínea, prejudicando o fluxo de sangue nas veias pelo organismo.

Trata-se do Nextela, medicamento oral que combina estetrol (E4), uma reprodução idêntica ao produzido pelo fígado do feto humano durante a gestação, e a drospirenona. “Este novo contraceptivo oral combinado (COC) atua sobre o metabolismo feminino de forma diferente das demais pílulas anticoncepcionais com estrogênios já que seu componente é o estetrol que substitui os estrogênios classicamente empregados nos COC até o momento atual”, diz César Eduardo Fernandes, médico ginecologista e diretor científico da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Segundo o especialista, a aprovação da Anvisa constitui em uma nova opção na história das pílulas anticoncepcionais, diferente de todas as anteriores desde o lançamento das primeiras formulações lançadas em 1960. “Quando empregado como COC em associação com a Drospirenona, os efeitos sobre o perfil de coagulação são praticamente neutros e diferentes dos que ocorrem com os COC contendo os estrogênios usados atualmente (etinil-estradiol), cujos efeitos são negativos”, explica o médico presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), acrescentando. “Por esta razão, existem modelos preditivos que apontam para um risco menor de episódios de trombose venosa e manifestações trombembólicas para o anticoncepcional com estetrol em comparação às demais associações contraceptivas”.

Desenvolvido pela farmacêutica brasileira Libbs e o laboratório belga Mithra Pharmaceuticals, a nova pílula também tem baixa interferência na função endócrina, efeito neutro nas mamas e nos parâmetros lipídicos e dos carboidratos por ser uma opção mais natural, com a reprodução do estetrol feita em laboratório a partir de fontes vegetais.

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Os estudos clínicos feitos com o contraceptivo oral contendo estetrol foram conduzidos com mais de 3,5 mil mulheres nos Estados Unidos, no Canadá, na União Europeia e na Rússia. A nova associação contraceptiva foi submetida a um rigoroso e robusto programa de desenvolvimento clínico, com resultados de contracepção eficazes e seguros. As pesquisas também atestaram que o remédio provoca alterações mínimas no peso corporal e menor impacto no organismo se comparado a outros anticoncepcionais.

O perfil de paciente para o Nextela são todas as mulheres saudáveis, em idade fértil e que não tenham restrição ao uso de anticoncepcionais hormonais combinados. Aprovado também no Canadá pela Health Canada, nos Estados Unidos, pela Food and Drug Administration (FDA), nos países da Europa pela European Medicines Agency (EMA), na Austrália e em Israel e já comercializado em vários países, deve chegar ao Brasil em 2024.

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