O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira, 20, que o segundo reforço da vacina contra a Covid-19 será ampliado para a população com mais de 40 anos. O público de 40 a 49 anos apto a receber a dose é de 8,9 milhões de pessoas e o imunizante deve ser tomado quatro meses depois da terceira dose. A pasta explicou que o esquema será considerado completo nesta faixa etária com quatro doses dos imunizantes disponíveis.
A quarta dose, como o reforço adicional ficou conhecido, passou a ser indicada para a população com mais de 50 anos no início deste mês e, até o momento, 27,1 milhões estão com esta dose em atraso.
A indicação da pasta é que o reforço seja feito com as vacinas da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen. Quem tomou a vacina da Janssen, que tinha um esquema inicial de dose única e recebeu indicação para dose adicional, terá o seguinte esquema: pessoas com mais de 18 anos devem receber o primeiro reforço, totalizando três doses. O público com mais de 40 anos que tomou esta vacina, deve tomar mais duas doses das vacinas indicadas pelo ministério, totalizando quatro doses. O intervalo de quatro meses entre as doses deve ser respeitado.
Sobre a incorporação dos imunizantes contra a Covid-19 no Programa Nacional de Imunizações (PNI), o secretário de Vigilância em Saúde Arnaldo Correia de Medeiros informou que isso depende do entendimento sobre a sazonalidade da doença. “A vacinação contra a Covid-19 entrará no PNI, mas a gente precisa ter mais clareza sobre o público-alvo e qual a posologia para os diversos grupos. Os estudos continuam, mas a gente ainda não tem uma definição de quando ela será incorporada dentro de um cronograma.”
O ministério ainda não tem informações sobre a ampliação do segundo reforço para a população com mais de 18 anos e, segundo Medeiros, vai depender de evidências científicas sobre a vacinação deste público.
Em balanço apresentado em coletiva, o ministério informou que, desde o ano passado, 519,8 milhões de doses foram distribuídas, mas 22 milhões de brasileiros ainda não completaram o esquema inicial e não tomaram a segunda dose. Em relação ao primeiro reforço – conhecido como terceira dose e indicado para pessoas com mais de 18 anos -, há 67,7 milhões em atraso.
Diretora do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Cássia Rangel destacou que as vacinas demonstraram efeito protetor em relação aos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19, ajudando a evitar episódios graves e mortes.
“No início do ano, com a ômicron, os vacinados tiveram menos casos de SRAG do que os não vacinados. As pessoas não vacinadas tiveram um risco de ter Covid grave ou ir a óbito entre seis a nove vezes maior do que os vacinados.”